Conheça 15 mitos e verdades sobre a amamentação!

O leite materno é considerado o melhor alimento para o bebê e também ajuda a prevenir diversos problemas de saúde nele, como diarreia, infecções respiratórias e até diabetes. Além disso, o ato de amamentar aumenta o vínculo entre mãe e filho, o que é fundamental para o desenvolvimento físico e mental da criança. Para saber mais sobre a amamentação e desmistificar algumas crenças, continue a leitura para conferir alguns mitos e verdade sobre a amamentação.

 

1. O bebê só precisa ser amamentado durante os três primeiros meses de vida.

MITO! Tanto a Organização Mundial da Saúde (OMS) quanto o Ministério da Saúde recomendam que a criança seja alimentada de forma exclusiva pela amamentação até os seis meses de vida. A partir daí, a amamentação deve ocorrer de forma complementar à oferta de outros alimentos, pelo menos, até os dois anos de vida. Amamentar até os dois anos do bebê ou mais não significa que a criança ficará “apegada” ou que será difícil desmamar depois. O momento de finalizar a amamentação depende unicamente da vontade da criança e da mãe.

 

2. A amamentação é importante não só para o bebê, mas também para a mãe.

VERDADE! A amamentação é importante tanto para o bebê quanto para a mãe. Isso porque, além de o leite materno possuir todos os nutrientes necessários para o desenvolvimento físico e psíquico do bebê – como proteínas e gorduras boas -, o ato de amamentar ajuda a reduzir o sangramento da mulher no pós-parto e até a prevenir doenças, como câncer de mama e osteoporose.

 

3. Seios pequenos irão produzir menos leite e dificultar a amamentação.

MITO! Neste caso, tamanho não é documento. O que dá tamanho aos seios é o tecido gorduroso e não as glândulas produtoras de leite. Portanto, a produção não depende do tamanho ou formato do seio.

 

4. A amamentação deve ser começada imediatamente após o nascimento.

VERDADE! A chamada “hora de ouro”, como é chamada a primeira hora após o parto, é considerado o melhor momento para estimular a amamentação.

 

5. Algumas mulheres produzem leite fraco.

MITO! Cada mãe produz o leite adequado para as necessidades do próprio filho. Então, se o bebê está mamando bem e ganhando peso, ela pode ficar tranquila.

 

6. Quanto mais o bebê mamar, mais leite a mulher irá produzir.

VERDADE! A oferta de leite materno depende da demanda. Por isso, o estímulo da sucção ou da ordenha manual deve ser feito para ajudar o corpo nessa produção.

 

7. Alguns alimentos são proibidos durante a amamentação por fazerem mal ao bebê.

MITO! A recomendação é que as mães tenham uma dieta balanceada e variada, sem restrições. Caso a mulher perceba que o bebê tem alguma reação após ela consumir algum alimento específico, ela deve consultar um especialista para saber se está tudo bem.

 

8. A composição do leite materno muda na hora da mamada.

VERDADE! O leite, no início da mamada, começa mais ralo por conter mais água e anticorpos. Já da metade para o final, ele engrossa por ter mais gordura. Importante: tanto o leite do início quanto o do final são importantes para a saúde do bebê.

 

9. Comer canjica ou tomar cerveja preta aumentam a produção de leite.

MITO! Não existem evidências científicas que comprovem que qualquer alimento aumente a produção de leite. No caso da cerveja ou qualquer bebida alcoólica, ela pode, na verdade, prejudicar a amamentação. E o que é mais importe, afetar a saúde do bebê!

 

10. Estresse e ansiedade atrapalham a amamentação.

VERDADE! Situações estressantes provocam o aumento da adrenalina no corpo, o que baixa o nível de prolactina, o hormônio que estimula a produção de leite. Por isso, é importante que a mãe tenha uma rede de apoio que a auxilie nas tarefas do dia para conseguir descansar e se manter tranquila.

11. Fórmulas, compostos lácteos e outros produtos industrializados são mais nutritivos que o leite materno.

MITO! Muito popular entre algumas avós, as fórmulas e os compostos lácteos são oferecidos porque muitas pessoas acreditam que sejam mais completos e “fortes”. Isso não é verdade: o leite materno é completo e oferece todos os nutrientes necessários para o bebê.

 

12. O leite materno pode ser congelado.

VERDADE! Na geladeira, o leite materno pode ser mantido por até 12 horas. Congelado no freezer, ele pode ser utilizado até 15 dias depois da coleta. Importante: para descongelar, ele deve ser mantido na geladeira ou colocado em banho-maria, nunca no micro-ondas.

 

13. Uso de chupeta e mamadeira prejudica o aleitamento.

VERDADE! O aleitamento materno estimula e desenvolve toda a musculatura orofacial, exigindo que o bebê faça força ao sugar. É esse trabalho que irá preparar o bebê para a mastigação, a fala e o bom desenvolvimento da dentição. Ao oferecer bico artificial, como chupeta e mamadeira, o bebê não necessita realizar tanta força ao sugar, gerando confusão e alterações na posição de lábios e língua, podendo levar ao desmame precoce.

 

14. O bebê deve ser amamentado de 3 em e horas.

MITO! O aleitamento materno deve ser realizado em livre demanda, ou seja, quem define a frequência da amamentação é a própria criança. A mãe deve ficar atenta aos sinais que demonstrem a vontade de mamar do bebê.

 

15. Amamentar é fácil.

MITO! Amamentar é um processo de aprendizagem tanto para a mãe quanto para o bebê. É cansativo e exige paciência até que a dupla se adapte ao aleitamento, mas vale a pena! Uma dica para tornar esse momento mais fácil é participar de cursos para gestante e contar com a ajuda de uma consultora em amamentação.

 

Estou com dificuldades para amamentar e agora?

O momento de amamentação pode ser muito bom ou muito difícil para algumas mulheres. Não é incomum encontrar mães que enfrentam dificuldades na hora de amamentar o bebê e pensam em desistir. Então, o que fazer?

Nesse caso, é importante buscar auxílio especializado. Tanto o pediatra da criança como o fonoaudiólogo e os bancos de leite localizados em maternidades têm condições de detectar o problema e auxiliar a mãe a ajustar a rota na hora de amamentar. Não tenha vergonha: os benefícios da amamentação, tanto para o bebê quanto para a mãe, compensam o esforço e investimento!

dra erika

Conteúdo desenvolvido com a colaboração da Dra Érika de Carvalho, que é fonoaudióloga pela Universidade de São Paulo e especialista em aleitamento materno e disfagia neonatal e pediátrica. Integra o corpo clínico DASA, atuando na UTI Neonatal, UTI pediátrica e Pediatria do Hospital e Maternidade Christóvão da Gama.

Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.
Testemunhos

Gostaríamos de agradecer ao Dr Pierry Louys Batista, em nome de todos os pediatras, toda equipe assistencial, de atendimento, segurança, higiene e do laboratório Delboni, pois percebemos que houve a verdadeira hospitalidade que todos falam, mas poucos exercem: a de fora dos livros.

Gustavo Ambrósio Tenório

Equipe de enfermagem muito bem preparada, atenta e disponível para qualquer chamado. Muito educada e cordial também, por exemplo, sempre ao entrar no quarto os enfermeiros avisavam meu pai que a luz seria acesa, não acendendo diretamente na “cara” da pessoa, que estava despreparada.

Antônio Rafael de Carvalho