O que são emergências obstétricas?
Em 12 de abril é comemorado o Dia do Obstetra, o médico responsável pelo acompanhamento da mãe e do bebê durante a gestação, o parto e o período pós-parto para prevenir e tratar problemas de saúde de ambos. Além disso, o especialista também atua nos casos de emergências obstétricas, que podem representar um sério risco para a mãe e o bebê. Para falar sobre o assunto, o Grupo Leforte convidou o Dr. Raphael Leão, que é ginecologista obstetra, coordenador da ginecologia e obstetrícia do Hospital Christovão da Gama.
EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS – O que são?
DR. RAPHAEL LEÃO – as emergências obstétricas são relacionadas, principalmente, ao sangramento na gestação. O sangramento durante qualquer período da gravidez, não é considerado normal e a paciente deve procurar assistência médica imediatamente.
EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS – Quais são as mais comuns e em quais períodos da gestação há um risco maior?
DR. RAPHAEL LEÃO – o sangramento na primeira metade da gestação, que é chamado de ameaça de abortamento; e os sangramentos de 3º trimestre de gestação, que podem ser provocados por placenta de inserção baixa ou descolamento prematuro da placenta.
EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS – Existem emergências obstétricas que podem acontecer no momento do parto?
DR. RAPHAEL LEÃO – durante o trabalho de parto podemos ter várias intercorrências. Por isso, a paciente em trabalho de parto deve ser acompanhada de perto por uma equipe assistencial preparada e em ambiente hospitalar.
EMERGÊNCIAS OBSTÉTRICAS – Qual a importância de procurar um serviço de pronto-socorro especializado nesses casos?
DR. RAPHAEL LEÃO – é importante procurar o serviço médico em casos de dor abdominal, sangramento vaginal e diminuição de movimentação fetal nas gestantes.
Conheça algumas emergências obstétricas
Gravidez ectópica – é quando o óvulo fertilizado se implanta fora do útero, na maioria dos casos, na trompa de falópio. A gravidez ectópica pode causar:
- Dor pélvica;
- Sangramento vaginal.
Descolamento prematuro da placenta – é quando a placenta se separa do útero antes do nascimento do bebê. É mais comum de acontecer depois de 20 semanas de gravidez. O descolamento prematuro da placenta pode provocar:
- Sangramento vaginal;
- Dor abdominal intensa ou cólica;
- Contrações.
Eclâmpsia – é a ocorrência de convulsões depois que a mãe apresenta um quadro de pré-eclâmpia e não exista outra causa provável. Na pré-eclâmpsia, a pressão arterial fica elevada e há proteína na urina, sendo mais comum depois de 20 semanas de gravidez. Além das convulsões, a eclâmpsia pode provocar:
- Forte dor de cabeça;
- Náusea;
- Vômito;
- Visão alterada;
- Confusão mental.
Ruptura prematura de membranas (RPM) – é o rompimento da bolsa de líquido amniótico antes do início do trabalho de parto. É uma emergência obstétrica se acontecer antes de 37 semanas de gravidez. A ruptura prematura de membranas pode provocar:
- Descolamento prematuro da placenta;
- Infecção na mãe;
- Infecção no bebê.
Distócia de ombros – é quando um dos ombros do bebê fica preso atrás do osso pélvico da mãe depois que a cabeça sai durante o parto. A distócia de ombros pode provocar:
- Oxigenação insuficiente para o bebê.
Prolapso do cordão umbilical – é quando o cordão umbilical sai antes do bebê no momento do parto. O prolapso do cordão umbilical pode causar:
- Comprometimento da oxigenação para o bebê.
O Dr. Raphael Leão é ginecologista e obstetra, com título de especialização pela Febrasgo, instituição pela qual também possui o título de especialista em videolaparoscopia e videohisteroscopia. Além disso, o Dr. Raphael é especialista em endometriose e coordenador da ginecologia e obstetrícia do Hospital Christovão da Gama, do Grupo Leforte, onde atende pacientes no ambulatório nas segundas e terças-feiras de manhã e de tarde, quintas-feiras na parte da manhã e nas sextas-feiras na parte da tarde.
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