Julho Amarelo

Julho Amarelo – Mês da luta contra as hepatites virais

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que as hepatites virais causam 1,7 milhão de mortes pelo no mundo.

Segundo o último Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério da Saúde (2019), no Brasil, de 1999 a 2018, foram registrados 632.814 casos da doença. Desse total, 167.108 (26,4%) foram do tipo A; 233.027 (36,8%) do tipo B; 228.695 (36,1%) do tipo C; e 3.984 do tipo D ou Delta.

Em relação à distribuição de casos pelo país, o Nordeste concentra a maior proporção das infecções pelo vírus A (30,3%) enquanto o Sudeste registra 34,9% com vírus B e 60% com vírus C. A região Norte acumula 74,9% dos casos do tipo D.

As hepatites virais causam, aproximadamente, 1,4 milhões de mortes por ano no mundo. No Brasil, os tipos A, B e C são mais comuns, enquanto a hepatite D é mais predominante na região norte. Já a hepatite E é rara no país, costuma ser mais prevalente na Ásia e na África.

(Fonte G1)

Mas como acontece o contágio da doença? Quais são os tipos de hepatite e formas de prevenção? De quanto em quanto tempo é preciso tomar a vacina contra a doença?

Essas e outras dúvidas, nós responderemos a seguir.

Divididas em cinco tipos, A, B, C, D e E, as hepatites virais são inflamações que afetam o fígado e podem se manifestar na forma aguda (curta duração) ou crônica (mais de seis meses de duração). Na maior parte dos casos, não apresentam sintomas e podem evoluir durante anos sem ser diagnosticadas. O avanço da infecção pode comprometer o funcionamento do fígado, causar cirrose, desenvolver câncer, gerar um transplante e até levar à morte.

Hepatites A e E: são causadas pelos vírus HAV e HEV, respectivamente, transmitidos via fecal-oral. A infecção ocorre por meio de contato com água e/ou alimentos contaminados por fezes humanas.

Hepatites B, C e D: são causadas pelos vírus HBV, HCV, HDV, respectivamente, transmitidos por sangue contaminado e outros fluidos corporais. Compartilhamento de materiais, como agulha e alicate, e relações sexuais o podem transmitir o vírus, que também pode ser passado de mãe para filho no parto.

No estágio inicial, é possível que não haja sintomas das hepatites virais. No caso da hepatite tipo C, cerca de 80% das pessoas não apresentam qualquer sinal ou sintoma, portanto a doença permanece silenciosa, sem tratamento, com mais chances de se agravar.

Conheça os sinais e sintomas que as hepatites A, B, D e E podem causar:

  • Fadiga;
  • Mal-estar;
  • Febre;
  • Dores musculares;
  • Enjoo;
  • Vômitos;
  • Dor abdominal;
  • Constipação ou diarreia;
  • Urina escura;
  • Fezes claras;
  • Pele e olhos amarelados (icterícia).

Hepatites B e C: contato com sangue contaminado em objetos que podem ser compartilhados como alicates e cutícula, agulhas ou aparelhos de barbear. Também pode ser transmitidos por uso de material não esterilizado na colocação de piercings, realização de tatuagens e procedimentos cirúrgicos e odontológicos.

A Hepatite B é considerada uma doença sexualmente transmissível (DST) sendo transmitida pelo esperma e secreção vaginal.

Os tipos B e C também podem ser transmitidas da mãe portadora do vírus para o filho, principalmente no momento do parto, chamado de Transmissão Vertical.

As hepatites virais não são transmitidas através do compartilhamento de talheres, pratos, copos ou por aperto de mão, abraço ou beijo.

  • Não compartilhar materiais que possam conter gotículas de sangue contaminado, como escovas de dente, aparelhos de barbear, lâminas, alicates de cutícula, espátulas, entre outros;
  • Utilizar material descartável ou esterilizado na realização de tatuagens ou colocação de “piercings”.
    Usar preservativo masculino ou feminino durante as relações sexuais;
  • Realizar o esquema completo de vacinação para Hepatite B, com três doses de vacina, em intervalos adequados. A vacina está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde para as pessoas de todas as idades. *Não existe vacina contra o vírus da Hepatite C.

As hepatites virais são diagnosticadas por meio de exame de sangue. A partir do resultado positivo, outros testes laboratoriais podem ser necessários para verificar se é uma infecção aguda, crônica ou antiga. Em casos raros, uma biópsia do fígado pode ser necessária para avaliar o comprometimento do órgão.

O tratamento é feito com medicamentos antivirais na maioria dos casos, além de medidas comportamentais como evitar o consumo de bebida alcoólica; evitar o sedentarismo e o ganho de peso; e controlar os níveis sanguíneos de açúcar.

Seguem algumas recomendações para tratar cada tipo de hepatite viral:

Hepatites A e E – não há um tratamento específico. É importante evitar a automedicação, pois pode piorar o estado do fígado. O médico indicará o medicamento adequado para compensar a eventual perda de fluidos por vômito ou diarreia e a melhora do mal-estar.

Hepatites B e D – existem medicações para conter a replicação viral e estabilizar ou melhorar histologicamente o fígado. O objetivo do tratamento é impedir a progressão da doença e complicações, como cirrose e câncer de fígado.

Hepatite C – apresenta 95% de chance de cura com uso de antivirais de ação direta, ou seja, é possível eliminar a infecção completamente.

Fontes: G1 e Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo

Testemunhos

Gostaríamos de agradecer ao Dr Pierry Louys Batista, em nome de todos os pediatras, toda equipe assistencial, de atendimento, segurança, higiene e do laboratório Delboni, pois percebemos que houve a verdadeira hospitalidade que todos falam, mas poucos exercem: a de fora dos livros.

Gustavo Ambrósio Tenório

Equipe de enfermagem muito bem preparada, atenta e disponível para qualquer chamado. Muito educada e cordial também, por exemplo, sempre ao entrar no quarto os enfermeiros avisavam meu pai que a luz seria acesa, não acendendo diretamente na “cara” da pessoa, que estava despreparada.

Antônio Rafael de Carvalho