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Julho Verde: é possível prevenir o câncer de cabeça e pescoço, saiba como

Veja, no site do Grupo Leforte, como o câncer de cabeça e pescoço pode ser prevenido e por que o diagnóstico precoce é essencial para o tratamento.
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Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 27/07/2021

O câncer de cabeça e pescoço possui diversos fatores de risco evitáveis e têm altas chances de sucesso no tratamento, quando diagnosticado precocemente. Mas, boa parte da população desconhece a doença e não procura ajuda médica nas fases iniciais dos sinais e sintomas. Os fatores de risco e a falta de informação faz com que esse tipo de câncer atinja 43 mil brasileiros por ano.

O movimento Julho Verde existe para alertar as pessoas sobre esses fatores de risco, as medidas de diagnóstico precoce e os tratamentos existentes para o câncer de cabeça e pescoço. Nós conversamos com o Dr. Ricardo Antunes, coordenador da cirurgia oncológica e da cirurgia de cabeça e pescoço do Grupo Leforte, sobre todas essas questões.

O câncer de cabeça e pescoço, quando diagnosticado precocemente, tem mais de 80% de chances de sucesso no tratamento. Mas pesquisas apontam que até 70% das pessoas só descobrem a doença em fases avançadas. Qual o motivo para esse diagnóstico tardio?

DR. RICARDO ANTUNES – Infelizmente, grande parte dos casos de câncer de cabeça e pescoço é diagnosticada tardiamente. Isso se deve à evolução inicial com poucos sintomas da doença, que não é dolorosa no começo, à falta de conhecimento dos pacientes sobre a doença, às dificuldades de acesso ao sistema de saúde e a falta de profissionais de saúde devidamente treinados para fazer a detecção precoce.

É fundamental a consulta com o médico especialista caso perceba um dos seguintes sinais e sintomas: manchas brancas ou vermelhas na boca, caroços no pescoço, dor frequente na garganta ao engolir alimentos e rouquidão persistente.

O câncer de cabeça e pescoço é considerado um tipo de câncer altamente previsível. Quais os principais fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento da doença?

DR. RICARDO ANTUNES – O tabagismo associado ao consumo excessivo de álcool aumenta em até 20 vezes as chances do câncer da cabeça e pescoço. A exposição solar excessiva e a falta de proteção adequada da pele são fatores importantes para o desenvolvimento do câncer de pele na face – incluindo nariz, olhos e orelha – couro cabeludo e mucosa do lábio.

Já os cânceres da cavidade oral e faringe, que atinge as amígdalas, têm aumentado bastante em todo o mundo devido a infecções pelo vírus HPV, transmitido sexualmente, principalmente pelo sexo oral sem preservativo. A vacinação preventiva em pré-adolescentes contra o HPV é essencial para reduzir os riscos dessa infecção e, consequentemente, as chances de desenvolver câncer.

Quais grupos de pessoas estão mais suscetíveis a desenvolver câncer de cabeça e pescoço?

DR. RICARDO ANTUNES – Os diversos tipos de câncer de cabeça e pescoço ocorrem com maior frequência em homens na faixa dos 60 anos de idade, principalmente os de boca, laringe e faringe. No entanto, o câncer da tireoide também vem aumentando muito e é três vezes mais frequente em mulheres, ocupando a quinta posição em relação aos outros tipos de cânceres.

Qual o tratamento para o câncer de cabeça e pescoço? O que é feito quando o tumor atinge alguma área inoperável?

DR. RICARDO ANTUNES – O tratamento do câncer da cabeça e pescoço é principalmente cirúrgico. Dependendo do tipo e da situação em que se encontra o tumor, também podem ser feitos tratamentos utilizando a quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e a medicina nuclear.

É importante ressaltar que o câncer da cabeça e pescoço é de tratamento multiprofissional, envolvendo diversas áreas da medicina. Nosso foco principal é alcançar o melhor resultado em benefício ao nosso paciente.

As cirurgias robótica e endoscópica são técnicas de alta precisão. Para quais casos do câncer de cabeça e pescoço elas são indicadas?

DR. RICARDO ANTUNES – A cirurgia endoscópica trans-oral e a cirurgia robótica são o resultado da nossa evolução científica e tecnológica ao longo dos anos. São formas precisas, seguras e menos invasivas de tratar esses tumores em casos selecionados. Os resultados oncológicos e funcionais atingidos são excelentes, e além disso, as técnicas evitam cicatrizes no pescoço, oferecendo uma melhor recuperação e qualidade de vida ao paciente.

O Dr. Ricardo Antunes é coordenador da cirurgia oncológica e da cirurgia de cabeça e pescoço do Grupo Leforte e presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia.

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Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.

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