O Hospital Leforte Liberdade é referência em medicina hiperbárica na cidade de São Paulo. Para falar sobre o tratamento, que previne agravamentos e acelera muito a recuperação das feridas complexa – como queimaduras graves ou feridas vasculares, a exemplo do pé diabético -, o Grupo Leforte convidou o Dr. José Ribamar Branco, infectologista e especialista em medicina hiperbárica.
Indicações para o tratamento com câmara hiperbárica
A câmara hiperbárica é indicada para tratar feridas em casos mais agudos, explica o Dr. Branco. “Um exemplo é na deiscência de feridas operatórias, ou seja, na abertura espontânea dos pontos cirúrgicos, que é considerada uma complicação grave, pois não é possível dar novos pontos no local para fechar, além de aumentar o risco de infecção e dificultar a cicatrização”.
O médico conta que “ela também pode ser indicada no tratamento de queimaduras – que têm sido cada vez mais frequentes, principalmente devido a acidentes com álcool na preparação de churrasco em casa – e de feridas de difícil cicatrização nas pernas de diabéticos e de pacientes com problema vascular”.
Mas o tratamento com câmara hiperbárica pode ser feito em muitos outros casos, como celulites necrotizantes, enxertos de pele, erisipela, lesão por pressão, osteomielite crônica refratária e trauma isquêmico grave. “Existe uma resolução do Conselho Federal de Medicina que estabelece quais são os casos em que o tratamento com câmara hiperbárica pode ser indicado pelo médico” – informa o Dr. Branco.
Benefícios do tratamento com câmara hiperbárica
Segundo o médico, “a oxigenoterapia com câmara hiperbárica deve ser realizada em adição a outros tratamentos. É muito importante que seja feito o acompanhamento integral do paciente, com limpeza cirúrgica, curativos e até com o uso de medicamentos, pois otimiza muito os resultados. Isso deve ser realizado por uma equipe multidisciplinar – formada por médicos e enfermeiras especializadas, por exemplo – trabalhando de forma coordenada”.
Porém, “quanto mais precocemente ela for iniciada, melhores são os resultados”, diz o Dr. Branco. Como exemplo, ele cita os queimados que sofreram lesões grandes e perderam a proteção da pele. “É muito comum esses pacientes terem infecções, mas se eles forem tratados precocemente na câmara hiperbárica, é possível reduzir o número não só de infecções, mas também de antibióticos, de procedimentos cirúrgicos, de curativos e de tempo de internação”.
“O infectologista e o estomateurapeuta são as referências para o tratamento com câmara hiperbárica. Os pacientes devem ser avaliados por esses dois profissionais, que podem, conforme a necessidade, encaminhar para outras especialidades. Como o endocrinologista e o nutrólogo no caso de um paciente diabético. Ou até um cirurgião plástico se a ferida for muito extensa e houver a necessidade de fazer um enxerto. Mas a coordenação da jornada desse paciente deve ser feita pelos dois profissionais que eu citei”, conclui o médico.
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