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O que é linfoma?

Veja, no site do Grupo Leforte, quais são as causas, sintomas e tratamentos e tipos de linfoma, um câncer que afeta o sistema linfático.
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Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 12/09/2020

Linfoma é um tipo de câncer que afeta o sistema linfático. Geralmente, ele começa nos linfonodos – estruturas que agem como filtro da linfa, o líquido transportado pelo sistema linfático -, em alguns tipos de células que deveriam atacar os agentes infecciosos presentes na linfa (os linfócitos B e os linfócitos T), mas que se tornam malignas e passam a crescer descontroladamente. Existem vários tipos de linfomas, classificados de acordo com a célula de origem e o grau de agressividade, que são divididos em dois grupos principais: linfomas de Hodgkin (LH) e linfomas não-Hodgkin (LNH), sendo estes últimos os mais frequentes.

Linfomas de Hodgkin – surge quando os linfócitos se transformam na célula Reed-Sternberg, que é maligna e provoca uma reação inflamatória, fazendo com que fique rodeada por diferentes células normais de defesa e forme uma massa tumoral. Pode começar em diferentes lugares, porém, é mais comum nos gânglios linfáticos (linfonodos) das axilas, pescoço e tórax. Representam em torno de 20% dos casos de linfoma e se dividem em dois subtipos, sendo que um deles tem quatro variações.

Linfomas não-Hodgkin – abrangem mais de 80 tipos e podem acometer os linfócitos B, que se desenvolvem na medula óssea, e os linfócitos T, que se desenvolvem no timo, um órgão que fica perto do coração e está relacionado ao sistema linfático. Eles são agrupados de acordo com o tipo de linfócito afetado e características das células afetadas, como tamanho e forma. Representam mais de 80% dos casos de linfoma e podem levar anos para se desenvolver ou ter crescimento acelerado.

Quais são as causas do linfoma?

O linfoma, como todos os cânceres, ocorre quando há uma mutação na divisão celular e as células resultantes passam a se comportar de maneira prejudicial. Elas podem sobreviver enquanto deveriam morrer, se multiplicar, se esconder do sistema imunológico e se espalhar para outras regiões do corpo. Elas também são capazes de impedir a criação das células saudáveis, modificando o funcionamento dos órgãos.

No caso específico do linfoma, os linfócitos alterados se multiplicam desordenadamente e, normalmente, se acumulam nos linfonodos, causando o inchaço característico dos gânglios no pescoço, axilas e/ou virilha.

Incidência do linfoma

Em 2020, são previstos cerca de 14 mil novos casos entre os dois tipos mais comuns de linfoma, de acordo com estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Desses novos casos, oito mil devem ser em homens e seis mil em mulheres. O aspecto positivo é que, desde os inícios dos anos 1970, a mortalidade foi reduzida em mais de 60% devido aos avanços no tratamento do linfoma. Inclusive, dependendo do estágio e do tratamento, as chances de cura são altas.

Quais os fatores de risco para linfoma?

  • Idade – o linfoma de Hodgkin é mais comum em jovens e adultos, entre os 15 e os 35 anos, enquanto o linfoma não-Hodgkin é mais frequente em pessoas com idade superior a 55 anos;
  • Histórico familiar – pessoas com parentes de primeiro grau que tiveram linfoma;
  • Sexo – é mais recorrente em homens;
  • Vírus Epstein-Barr – pessoas que tiveram mononucleose infecciosa, que é a doença causada pelo vírus;
  • HIV e HTLV – esses vírus enfraquecem o sistema imunológico, o que aumenta o risco em quem foi infectado por eles;
  • Doenças autoimunes – causam uma hiperatividade do sistema imunológico, aumentando a chance de mutações celulares e, consequentemente, do risco;
  • Produtos químicos – a exposição a alguns herbicidas e inseticidas, assim como a radiação em geral, podem estar relacionados com o aumento do risco da doença;
  • Medicamentos imunossupressores – enfraquecem o sistema imunológico, o que aumenta o risco.

Quais os sinais e sintomas do linfoma?

Os sinais e sintomas de linfoma podem variar devido ao tipo da doença e, no caso de linfoma de Hodgkin, eles podem ser diferentes também devido ao local do corpo onde a doença está localizada. De uma maneira geral, os principais sinais e sintomas do linfoma são:

  • Inchaço sem dor nos linfonodos (gânglios) do pescoço, axilas e/ou virilha;
  • Tosse, falta de ar e dor no peito;
  • Perda de peso repentina sem causa aparente e perda de apetite;
  • Desconforto e distensão abdominal;
  • Febre, calafrios e suores noturnos;
  • Coceira no corpo e pele seca;
  • Aumento do fígado ou do baço.

Quais são os tratamentos para o linfoma?

Dependendo do estágio em que a doença seja descoberta e do tratamento, as chances de cura são altas. O tratamento para o linfoma é realizado com base no tipo, estágio e local do câncer, podendo ser:

Quimioterapia – utiliza medicamentos para destruir, inibir e controlar as células cancerígenas, impedindo que se espalhem. Pode ser feita por via oral, intravenosa e, dependendo do caso, diretamente no líquido espinhal se for necessário fazer com que atinja diretamente o sistema nervoso central.

Radioterapia – utiliza radiações ionizantes para destruir ou inibir o crescimento das células cancerígenas. Ela é aplicada onde o linfoma está localizado, mas também é possível ser direcionada para regiões em que a doença possa se disseminar. A radioterapia pode ser feita separadamente ou em conjunto com a quimioterapia.

Imunoterapia – pode ser indicada nos casos em que quimioterapia não tenha sucesso ou se o câncer retornar depois do transplante de medula óssea. São utilizados anticorpos monoclonais, que são produzidos em laboratório para funcionar como as proteínas produzidas pelo sistema imunológico e agir em um alvo específico. O objetivo é levar o sistema imunológico da própria pessoa a reconhecer as células cancerígenas e destruí-las.

Transplante de medula óssea – pode ser indicado para os casos em que outros tratamentos não tenham surtido efeito. O transplante substitui a medula óssea danificada por células-tronco saudáveis, o que faz com que ela volte a funcionar de duas a quatro semanas depois, produzindo primeiro glóbulos brancos, depois os vermelhos e, em seguida, as plaquetas. Depois que isso acontece, é fundamental o monitoramento médico para garantir que tudo esteja bem.

Como é feito o diagnóstico do linfoma?

Para diagnosticar o linfoma, uma série de exames deverá ser realizada para determinar o tipo específico da doença e o estágio. Esses resultados serão fundamentais para indicar a forma mais adequada de tratamento. Os exames solicitados pelos médicos são:

Biópsia – remove-se uma pequena amostra de tecido, geralmente de um gânglio linfático inchado, para análise laboratorial. Em alguns casos, o médico pode optar por retirar um fragmento da medula óssea por meio de uma agulha para determinar a extensão da doença.

Exames de imagem – para localizar os tumores no corpo são solicitados exames como, radiografias, tomografia computadorizada e ressonância magnética.

Como prevenir o linfoma?

A principal causa de linfoma é a mutação genética, portanto, ainda não existem formas eficazes de prevenção. Porém, os tratamentos são mais bem-sucedidos quando a doença é diagnosticada em estágio inicial. Estar atento aos sinais e sintomas e relatá-los ao seu médico em check-ups periódicos são os melhores métodos disponíveis para uma identificação precoce da doença.

Somente um médico pode diagnosticar um problema de saúde e indicar o melhor tratamento para cada caso. Nunca tome medicamentos por conta própria, mesmo que tenham sido recomendados por alguém com problema que você ache parecido com o seu. Eles podem disfarçar os sinais e sintomas do linfoma dificultando o diagnóstico e até agravar o problema de saúde e criar novos.

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Referências

Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.

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