A bexiga hiperativa (BH) é uma condição urológica que está ligada ao surgimento da necessidade súbita e urgente de urinar e também da vontade de urinar várias vezes ao dia e durante a noite. Em muitos casos, pode acontecer associada a um outro problema, que é a incontinência urinária. Ou seja, um vazamento da urina que acontece, por exemplo, quando a pessoa espirra, ri ou faz algum esforço físico.
Quais são as causas da bexiga hiperativa?
A bexiga hiperativa pode ocorrer quando os sinais nervosos transmitidos do cérebro para a bexiga não funcionam corretamente, sendo enviados em um momento em que a bexiga ainda não está cheia. Uma outra possível causa é quando os músculos na bexiga não estão muito ativos. Também existem fatores de risco que podem contribuir para a bexiga hiperativa, tais como:
- Distúrbios neurológicos;
- Doenças que afetam o cérebro ou a medula espinhal, como derrame e esclerose múltipla;
- Obstrução urinária em homens com aumento prostático (por irritação na bexiga);
- Alterações hormonais;
- Fraqueza ou espasmos nos músculos pélvicos;
- Infecção no trato urinário;
- Efeitos colaterais de medicamentos.
Quais são os sintomas da bexiga hiperativa?
- Urgência em urinar;
- Aumento de frequência de idas ao banheiro para urinar;
- Incontinência urinária noturna;
- Incontinência de urgência.
Qual é a incidência da bexiga hiperativa?
A condição é mais comum em mulheres, mas também pode afetar homens. Mudanças relacionados ao envelhecimento, como a alteração no tônus muscular, favorecem o desenvolvimento da bexiga hiperativa. Além disso, existem alguns grupos de pessoas que têm um risco maior:
- Pessoas brancas;
- Pessoas com diabetes e que fazem uso de insulina;
- Pessoas com depressão;
- Pessoas com mais de 75 anos;
- Pessoas com artrite;
- Pessoas que fazem terapia de reposição hormonal oral;
- Pessoas com sobrepeso ou obesidade.
Como é feito o diagnóstico da bexiga hiperativa?
Para o diagnóstico, é avaliado o histórico da pessoa, além de serem feitos exames físicos e de urina. Em alguns casos, mais exames podem ser necessários – como ultrassonografia renal e de vias urinárias, mensuração do resíduo pós-miccional, estudo urodinâmico e a cistoscopia – para excluir outros problemas que podem causar sintomas urinários, tais como:
- Infecção;
- Formação de pedras na bexiga;
- Tumor de bexiga;
- Diabetes.
Quais são os tratamentos para a bexiga hiperativa?
O tratamento da bexiga hiperativa costuma ser efetivo e inclui medidas simples para evitar os sintomas, como a adoção de alguns hábitos. Porém, o médico pode receitar o uso de medicamento em alguns casos. O tratamento pode ser dividido em três fases:
Medidas comportamentais – restrição de ingestão de líquidos a partir de determinado horário e exercícios para reeducar a bexiga e o músculo pélvico;
Medicamentos – podem ser prescritos pelo médico com ou sem a adoção de medidas comportamentais;
Toxina botulínica – pode ser indicado um tipo específico de toxina botulínica para quem não teve resultado depois de 8 ou 12 semanas de tratamento comportamental e de 4 a 8 semanas de tratamento medicamentoso. Ou, ainda, para quem apresentou efeitos colaterais aos medicamentos e não foi beneficiado pelo tratamento comportamental.
Como prevenir a bexiga hiperativa?
Até o momento, não há nenhuma evidência científica sobre medidas preventivas. Mas, hábitos saudáveis podem reduzir os impactos da bexiga hiperativa, tais como:
- Manter o peso recomendado pelo médico;
- Não fumar;
- Evitar bebidas alcóolicas;
- Reduzir ingestão de chás, cafeínas, sucos cítricos e chocolate.
Somente um médico pode diagnosticar um problema de saúde e indicar o melhor tratamento para cada caso. Nunca tome medicamentos por conta própria, mesmo que tenham sido recomendados por alguém com problema que você ache parecido com o seu. Eles podem disfarçar os sinais e sintomas dificultando o diagnóstico e até agravar o problema de saúde e criar novos.
Conteúdo produzido com apoio do Dr. José de Anchieta, médico urologista do Grupo Leforte.
Agende consulta com especialista em urologia
Novembro azul abre temporada de cuidados com a saúde masculina
Os rins são o filtro do corpo; saiba como cuidar deles
Água: qual a quantidade necessária todos os dias?
Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.