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O que é sinusite?

Conheça o blog do Hospital Leforte: conselhos sobre nutrição, saúde mental, sintomas e prevenção de doenças, elaborado por médicos e especialistas da área da saúde.
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Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 14/08/2020

A sinusite é a inflamação da mucosa nasal e dos seios paranasais, que são os espaços ocos do crânio, responsáveis por deixar a cabeça mais leve e permitir que a voz tenha som. A sinusite é causada por infecção bacteriana, fúngica ou viral, ou por alergia. Ela pode ser classificada como aguda, quando tem início súbito e dura até 12 semanas; recorrente, ao ocorrer quatro ou mais episódios de quadros agudos por ano; ou crônica, quando os sintomas duram acima de 12 semanas.

Quais são as causas da sinusite?

A sinusite é causada pela alteração do funcionamento normal da mucosa nasal e dos seios paranasais. Geralmente, a alteração é causada por alergia, resfriado, gripe e/ou inflamação da mucosa do nariz. Isso tudo gera inchaço e aumento da mucosa nasal, além de dificultar a drenagem da secreção (dificuldade em assoar o nariz), predispondo o acúmulo de vírus e proliferação de bactéria e fungos.

Qual é a incidência de sinusite?

Um em cada oito adultos tem sinusite. Na cidade de São Paulo, a prevalência de sinusite crônica é de 5,51%. A maior parte dos quadros de sinusite aguda é causada por vírus. Esses casos se tornam sinusite bacteriana em até 2% dos pacientes adultos e entre 5% a 10% das crianças.

Quais são os fatores de risco para a sinusite?

Algumas pessoas têm mais chances de desenvolver sinusite, como:

  • Quem possui obstrução da drenagem dos seios paranasais – rinite alérgica, pólipos nasais;
  • Quem está resfriado;
  • Quem está exposto a irritantes – como poluição e tabagismo;
  • Imunocomprometidos – pessoas com diabetes, infecção por HIV, por exemplo;
  • Alérgicos – rinite alérgica e asma;
  • Pessoas com aumento de adenóides – que são um conjunto de tecido linfoide localizado entre a parte de trás do nariz e a garganta;
  • Pessoas com desvio de septo;
  • Pessoas com trauma da face;
  • Pessoas com refluxo gastroesofágico.

Quais são os sinais e sintomas da sinusite?

Os sinais e sintomas das sinusites agudas e crônicas são semelhantes, mas o incômodo costuma ser mais intenso na sinusite aguda. São eles:

  • Pressão e dor na face;
  • Secreção purulenta amarela ou verde do nariz;
  • Congestão e bloqueio no nariz;
  • Sensibilidade – dor ao toque;
  • Inchaço dos seios paranasais;
  • Redução ou perda do olfato;
  • Halitose – mau hálito;
  • Tosse produtiva – tosse com produção de muco ou catarro. Ocorre normalmente à noite.
  • Indisposição;
  • Febres e calafrios – nesses casos, pode ser um indicativo que a infecção se disseminou além dos seios.

Quais são as complicações possíveis da sinusite?

Uma das complicações da sinusite é a osteomielite frontal, inflamação que pode ter evolução aguda ou crônica. A sinusite também é fonte de infecções orbitárias, que são frequentes em crianças e adultos jovens. Um pequeno número de pessoas desenvolve complicações intracranianas.

Como é feito o diagnóstico da sinusite?

Avaliação médica – O médico faz o diagnóstico com base nos sintomas característicos. Pode usar um endoscópio, aparelho que permite a visualização do interior do organismo, no nariz para verificar as entradas dos seios paranasais e recolher amostras de líquido para cultura.

Tomografia computadorizada – Usada principalmente quando há sintomas de complicações ou sinusite crônica.

Quais são os tratamentos para sinusite?

As opções de tratamento variam de acordo com a causa da sinusite. Grande parte das pessoas com quadro de sinusite aguda bacteriana de intensidade leve melhoram espontaneamente. Os tratamentos para sinusite são divididos em:

  • Analgésicos;
  • Descongestionantes;
  • Fitoterápicos – medicamentos com princípio ativo obtido de plantas;
  • Lavagem nasal com soro fisiológico;
  • Medicamentos corticoides tópico nasal;
  • Antibióticos – pessoas com sinusite causada por bactéria usam antibiótico por um período de sete a 14 dias, de acordo com a gravidade dos sintomas. Também é recomendado quando houver presença de outras doenças como asma e bronquite crônica. Deve ser evitado o uso indiscriminado, para reduzir o risco de resistência bacteriana;
  • Cirurgia – pode ser realizada quando os antibióticos não dão resultado. Também pode ser feita quando a obstrução nasal contribui para uma má drenagem;
  • Comportamental – como evitar temperaturas extremas, pois a alteração brusca pode aumentar a dor nos seios paranasais. Dobrar-se com a cabeça para baixo também pode aumentar a dor. É essencial beber bastante líquido para aumentar a hidratação.

Como prevenir a sinusite?

Nem sempre é possível evitar a sinusite, mas algumas medidas podem diminuir as ocorrências ou reduzir o desenvolvimento de casos mais graves. É recomendado:

  • Lavar o nariz com soro fisiológico;
  • Usar descongestionantes durante infecções das vias respiratórias superiores;
  • Se vacinar contra a gripe;
  • Fazer cirurgia para corrigir alterações nasais, se necessário;
  • Evitar locais com ar-condicionado;
  • Evitar locais com ar seco;
  • Evitar tabagismo;
  • Evitar o contato com irritantes ambientais, como fumaça de tabaco e poluição;
  • Manter boa alimentação, boa hidratação e dormir bem, para ter uma boa imunidade.

Somente um médico pode diagnosticar um problema de saúde e indicar o melhor tratamento para cada caso. Nunca tome medicamentos por conta própria, mesmo que tenham sido recomendados por alguém com problema que você ache parecido. Eles podem disfarçar os sinais e sintomas dificultando o diagnóstico e até agravar o problema de saúde e criar novos.

Conteúdo produzido com a colaboração da Dra. Eliane Jacome Fernandes médica Otorrinolaringologista do Grupo Leforte.

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Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.

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