Cansaço excessivo pode ser sinal do quê?

O cansaço é normalmente relacionado a alguns fatores como excesso de esforço físico, privação de sono, desidratação ou estresse. Porém, associado a outros sintomas e por tempo prolongado, o cansaço excessivo pode ser indicador de algumas doenças, como diabetes, obesidade, hipotireoidismo, hipertireoidismo, tireoidite de Hashimoto e síndrome de Cushing ou Addison.

É importante que, ao sentirem a fadiga além do normal e mesmo após repouso e relaxamentos, os pacientes procurem ajuda médica especializada para investigar quais são as origens do problema.

 

Diabetes

Diabetes é uma doença caracterizada por altos níveis de açúcar (glicose) no sangue. Ela é dividida em tipo 1 – resultado de uma destruição autoimune das células produtoras de insulina – e tipo 2, adquirida ao longo da vida, quando o pâncreas produz insulina mas ela não é absorvida devidamente pelas células. O diabetes pode causar sintomas como muita sede, aumento na necessidade de urinar, visão embaçada e cansaço excessivo.

Como tratar o diabetes – mesmo que não exista cura, o tratamento correto permite controlar a doença. Em geral, é necessário aliar novos hábitos alimentares, rotina de exercícios físicos, medicamentos via oral e controle diário da glicemia. Pessoas com diabetes tipo 1 normalmente precisam realizar aplicações de insulina.

 

Obesidade

A obesidade é o excesso de gordura no corpo, resultante de uma série de fatores como alimentação com consumo de calorias além da necessidade real ou alterações hormonais. A doença pode ter relação com estilo de vida sedentário, além de fatores genéticos. Se não for tratada corretamente, a obesidade aumenta o risco de desenvolver distúrbios como diabetes, doenças cardíacas e hipertensão.

Como tratar a obesidade – o tratamento é realizado por meio de dietas e mudanças no estilo de vida, agregando a prática de exercício físico, por exemplo. Os pacientes ainda podem usar medicamentos e, em casos mais extremos, se submeterem a cirurgia bariátrica. O tratamento é ainda mais eficaz quando envolve uma equipe multidisciplinar de profissionais, como médicos endocrinologistas, nutricionistas e psicólogos.

 

Hipotireoidismo

O hipotireoidismo é a produção insuficiente dos hormônios tireoidianos, produzidos na glândula tireoide, que controlam as funções do corpo humano, como a velocidade dos batimentos cardíacos e da queima de calorias. O hipotireoidismo gera a redução das funções vitais, podendo causar sinais e sintomas como cansaço extremo, ganho de peso, constipação, inchaço nos olhos e face, fala lenta, entre outros.

Como tratar o hipotireoidismo – o tratamento da doença consiste na ingestão oral dos hormônios da tireoide pelo resto da vida. As dosagens são aumentadas gradativamente, dependendo da necessidade de cada paciente e renovadas a partir da análise por exames.

 

Hipertireoidismo

O hipertireoidismo é a produção elevada dos hormônios da tireoide, e a consequente aceleração das funções vitais do corpo, podendo sobrecarregar os órgãos a longo prazo. Normalmente, a doença tem relação com a presença de nódulos na tireoide, uso de medicamentos em doses elevadas e inflamações na glândula. O hipertireoidismo pode causar sinais e sintomas como perda de peso, tremores, palpitações, pressão alta, ansiedade e transpiração excessiva.

Como tratar o hipertireoidismo – o tratamento depende da origem da doença. Os pacientes podem usar medicamentos para regular a produção hormonal e minimizar os impactos dos sintomas, usarem dosagens de iodo e, em casos mais graves, realizar cirurgia para remoção parcial ou completa da tireoide.

 

Tireoidite de Hashimoto

É uma doença autoimune – quando as células de defesa produzidas pelo corpo atacam as células saudáveis – em que a tireoide aumenta de tamanho e diminui a produção de hormônios, gerando um quadro de hipotireoidismo. Um dos principais sintomas causados pela tireoidite de Hashimoto é a sensação de frio.

Como tratar a tireoidite de Hashimoto – assim como nos casos de hipotireoidismo, o tratamento é realizado pela dosagem gradativa de medicação para suprir a falta dos hormônios produzidos pela glândula quando ela existir. Exames de sangue indicam qual a necessidade de cada paciente.

 

Síndrome de Cushing

É causada pela grande concentração de corticoides – substâncias com ação anti-inflamatória – no corpo, relacionada à produção elevada das glândulas adrenais. A doença pode ser causada por uso excessivo de medicamentos ou por tumores na hipófise, glândula na região inferior do cérebro. A síndrome de Cushing pode causar sinais e sintomas como cansaço extremo e inchaço na face e tronco. Caso não seja tratada, pode contribuir para quadros de hipertensão, diabetes e transtornos mentais.

Como tratar a síndrome de Cushing – o tratamento depende da origem da doença. Normalmente, o paciente passa a seguir uma dieta rica em proteínas e potássio, além de usar medicamentos que reduzam ou bloqueiem os níveis de corticoides no corpo. Em casos de tumores, podem ser indicadas cirurgia e sessões de radioterapia.

Somente um médico pode diagnosticar um problema de saúde e indicar o melhor tratamento para cada caso. Nunca tome medicamentos por conta própria, mesmo que tenham sido recomendados por alguém com problema que você ache parecido com o seu. Eles podem disfarçar os sinais e sintomas dificultando o diagnóstico e até agravar o problema de saúde e criar novos.

 

 

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Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.
Testemunhos

Gostaríamos de agradecer ao Dr Pierry Louys Batista, em nome de todos os pediatras, toda equipe assistencial, de atendimento, segurança, higiene e do laboratório Delboni, pois percebemos que houve a verdadeira hospitalidade que todos falam, mas poucos exercem: a de fora dos livros.

Gustavo Ambrósio Tenório

Equipe de enfermagem muito bem preparada, atenta e disponível para qualquer chamado. Muito educada e cordial também, por exemplo, sempre ao entrar no quarto os enfermeiros avisavam meu pai que a luz seria acesa, não acendendo diretamente na “cara” da pessoa, que estava despreparada.

Antônio Rafael de Carvalho