Índice de recidiva da obesidade após um ano é quatro vezes menor na comparação a pacientes que perdem peso por meio de dietas ou medicação
Emagrecer e cuidar da saúde sempre figuram entre as principais resoluções de ano novo. Mas existem pessoas que, por razões genéticas e outras dificuldades, não conseguem atingir esse objetivo, mesmo com alimentação balanceada, exercícios físicos e acompanhamento de especialistas. Com isso, quadros muitas vezes graves de saúde podem evoluir sem uma solução adequada.
O avanço dos procedimentos de cirurgia bariátrica tem sido um aliado para pacientes como esses. Tanto para quem deseja emagrecer de maneira saudável quanto para quem precisa perder peso.
“Nos casos em que o objetivo é perder peso, a manutenção dos resultados é muito melhor nos pacientes operados. Um ano após a cirurgia, oito em cada 10 conseguiu manter o peso. Quando o emagrecimento acontece com dieta e medicamentos, sem a cirurgia, apenas um em cada 10 não sofre a recidiva da obesidade”, compara o Dr. Tiago Szego, coordenador do Centro de Tratamento da Obesidade do Grupo Leforte e presidente da SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica), Capítulo São Paulo.
A cirurgia bariátrica também é indicada para o tratamento de outros problemas de saúde, como o diabetes tipo II, que atinge quase 13 milhões de brasileiros e está associada ao excesso de peso e alimentação inadequada. Nesses casos, a cirurgia bariátrica pode ser a melhor alternativa para controle de ambos, com redução de peso e normalização das taxas de glicose (açúcar) no sangue.
Dos procedimentos existentes, o mais comumente indicado a pacientes diabéticos é o Bypass. Nele, o volume do estômago é reduzido e o caminho do alimento no intestino é diminuído, restringindo parte da absorção.
“Além de favorecer perdas expressivas de peso, essa técnica aumenta a produção de GLP1, um hormônio ligado ao metabolismo, que reduz a resistência à insulina”, esclarece o especialista.
Com o diabetes controlado, evita-se o risco de insuficiência renal, problemas cardiovasculares, catarata e outras doenças da visão, além de lesões nos nervos. Além disso, o paciente resgata a normalidade de diversos indicadores de saúde, como pressão arterial e níveis de colesterol, fatores de risco para complicações graves, como infarto e AVC.
“A saúde global do paciente melhora, e isso acontece em poucos meses, de forma sustentável”, afirma o Dr. Szego. Mesmo com a nova aparência e exames dentro dos índices de referência, é preciso lembrar que obesidade e diabetes são doenças crônicas. Portanto, elas podem ser controladas, mas não curadas. É importante que o paciente mantenha o acompanhamento médico e psicológico, quando indicado, para a melhor manutenção dos resultados.
A cirurgia bariátrica para tratamento de diabetes tipo II é um procedimento com ampla comprovação científica internacional e validado pelo CFM (Conselho Federal de Medicina) desde 2017. Recomenda-se o tratamento para pacientes com diabetes tipo II que tenham IMC (Índice de Massa Corporal) igual ou superior a 30. O IMC é calculado pelo peso (kg) dividido pela altura (m) ao quadrado.
Mensalmente, a equipe de cirurgia bariátrica da unidade Leforte Morumbi realiza um encontro, online, entre pacientes (já operados e aqueles que estão em processo para realizar a cirurgia) e especialistas do Centro de Tratamento de Obesidade para esclarecimentos sobre o tratamento antes e depois da cirurgia. Mais informações nas páginas do Instagram @grupoleforte e @institutocigo.
Dr. Tiago Szego é coordenador do Centro de Tratamento da Obesidade do Grupo Leforte e presidente eleito da SBCBM (Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica), Capítulo São Paulo. Atende às terças-feiras, na Clínica e Diagnósticos Leforte Morumbi. Agendamento pelo Call Center/WhatsApp: (11) 3345-2288.