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Guia de doenças

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O que é cirrose?

Conheça, no site do Grupo Leforte os fatores de risco, causas, sintomas e tratamentos da cirrose.
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Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 29/10/2020

A cirrose é uma doença crônica do fígado, decorrente de processos inflamatórios persistentes no órgão. Em longo prazo, essas lesões impedem a regeneração das células e a circulação sanguínea, o que resulta na substituição de tecido normal do fígado por nódulos e fibroses (cicatrizes).

É denominado cirrose quando as cicatrizes no fígado são tão extensas que dificultam o desempenho do órgão, que deixa de realizar tarefas cruciais para o organismo. Entre essas funções estão a produção de colesterol, proteínas e bile (responsável por facilitar a digestão de gorduras), processamento de nutrientes, de medicamentos e álcool, assim como armazenamento de glicose e vitaminas.

Quais são as causas da cirrose?

A doença pode ser provocada por vários fatores, mas as principais causas da cirrose são:

  • Hepatite gordurosa alcoólica – relacionada ao consumo excessivo e contínuo de bebidas alcoólicas;
  • Doenças virais, como as hepatites B e hepatite C – sendo que a primeira pode ser evitada através da vacinação e a segunda pode ser curada com os tratamentos antivirais modernos;
  • Hepatite autoimune – entre outras doenças autoimunes do fígado;
  • Hepatites medicamentosas – alguns medicamentos também podem causar danos, mas dificilmente resultam em distúrbio hepático grave.

Entre algumas condições menos comuns que podem evoluir para cirrose estão: a doença de Wilson, um distúrbio genético que afeta o metabolismo; a colestase crônica, que é a diminuição ou interrupção do fluxo biliar; a obstrução das vias biliares por conta de tumores; e a síndrome de Budd-Chiari, doença que causa obstrução sanguínea.

Incidência da cirrose na população

Cirrose hepática e outras hepatites crônicas foram a décima maior causa de morte no país no ano de 2017, de acordo com o Ministério da Saúde, com uma taxa de mortalidade de 15,6 casos de falecimento para cada 100 mil habitantes. A doença é cinco vezes mais comum em homens do que em mulheres. Constatou-se também que o principal fator de risco é o consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

Quais os fatores de risco para a cirrose?

  • Abuso de bebidas alcoólicas – o consumo regular e excessivo de bebidas alcoólicas causa danos no fígado, que podem levar à cirrose;
  • Obesidade e diabetes – a diabetes e a obesidade são os principais fatores de risco para a ocorrência de doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA);
  • Hepatites virais (B e C) – afetam as células do fígado, favorecendo a inflamação crônica do órgão, o que pode causar a cirrose;
  • Hepatite autoimune – ocorre quando o sistema imunológico se volta contra o próprio fígado e o agride, o que pode resultar em cirrose se não for tratado. É mais comum em jovens e entre mulheres, mas pode ocorrer em ambos os sexos;
  • Doenças que aumentam a coagulação sanguínea – a síndrome de Budd-Chiari ocorre quando grandes coágulos sanguíneos causam bloqueio das veias que drenam o fígado, favorecendo o surgimento da cirrose;
  • Colestase crônica – a condição pode causar cirrose por dificultar a condução da bile para fora do fígado;
  • Medicamentos – quando utilizados em excesso e sem controle médico podem causar inflamação no fígado e levar à cirrose.

Quais os sinais e sintomas de cirrose?

Nos primeiros estágios, a cirrose raramente manifesta sinal ou sintoma, podendo não ser notada durante anos. Sintomas pouco específicos como fadiga, cansaço no fim do dia e coceira pelo corpo podem ocorrer. Em estágio avançado, surgem indícios associados ao comprometimento da atividade do fígado. Nessa fase, alguns sinais e sintomas de cirrose podem ser:

  • Náuseas, vômitos e tosse com presença de sangue;
  • Perda de peso em excesso e perda de apetite;
  • Dor abdominal e constipação;
  • Inchaço no abdômen e nas pernas, promovendo, por sua vez, ganho de peso excessivo;
  • Olhos e peles amarelados (icterícia), acompanhados ou não por urina escura;
  • Cansaço constante;
  • Ascite, que é presença de líquido no abdômen;
  • Encefalopatia hepática, ou seja, confusão mental, esquecimento;
  • Urina escura;
  • Perda de cabelo;
  • Mau hálito forte de amônia.

Quais os tratamentos para a cirrose?

O tratamento para a cirrose visa identificar o agente causador e limitar o avanço da doença. Dependendo da causa, pode ser avaliado o uso de medicamentos de modo a diminuir a sobrecarga do fígado. Mudanças alimentares também são fundamentais para controlar a cirrose, com o controle de ingestão de sal e de calorias. Além disso, o consumo de bebidas alcoólicas deve ser proibido. Em casos graves, o transplante de fígado pode ser a única solução.

Como é feito o diagnóstico da cirrose?

O diagnóstico da cirrose é feito pelo médico por meio do histórico de saúde da pessoa e de exames laboratoriais e de imagem, como a ultrassonografia, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Uma biópsia de parte do fígado pode confirmar definitivamente a presença da doença, mas pode ser substituída por métodos menos invasivos.

Como prevenir a cirrose?

A cirrose é uma doença que avança silenciosamente. Portanto, o melhor método de prevenção é controlar os fatores de risco por meio de uma dieta saudável, com poucas gorduras e diminuir o consumo de álcool.

Além disso, é fundamental proteger-se contra as hepatites virais, principalmente dos tipos B e C, seja por meio de vacinas ou com o uso de preservativos durante as relações sexuais. O Check-up periódico com o médico também é imprescindível para o diagnóstico precoce da doença, o que aumenta muito a chance de recuperação.

Somente um médico pode diagnosticar um problema de saúde e indicar o melhor tratamento para cada caso. Nunca tome medicamentos por conta própria, mesmo que tenham sido recomendados por alguém com problema que você ache parecido com o seu. Eles podem disfarçar os sinais e sintomas da cirrose, dificultando o diagnóstico e até agravar o problema de saúde e criar novos.

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Referências

Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.

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