A cirurgia robótica usa uma tecnologia de ponta, em que por meio de uma pequena incisão na pele, o robô alcança regiões de difícil acesso no método tradicional, com mais precisão. Nessa modalidade cirúrgica, o médico usa um controle do tipo joystick – que reproduz os movimentos de forma delicada e sem tremores – enquanto assiste a imagem em um monitor de altíssima definição.
Na ginecologia, é indicada para os casos de câncer ginecológico, oncologia pélvica, endometriose e histerectomias convencionais (retiradas de útero). Para falar sobre as aplicações da cirurgia robótica, o Grupo Leforte falou com o ginecologista Dr. Rubens do Val.
Impactos positivos da cirurgia robótica para a paciente
Segundo o Dr. Rubens, a cirurgia robótica tem um grande ganho em comparação à cirurgia aberta, principalmente na recuperação da paciente, já que é feita através de pequenos cortes pelo abdômen, de 1cm cada um. “Tecnicamente também existe um ganho na qualidade frente à cirurgia aberta, principalmente quando você trabalha no retroperitônio pélvico, que é uma região muito profunda”, afirma.
Cirurgia robótica durante o período de pandemia: adiar ou não?
Durante o período da pandemia de Covid-19, a frequência de cirurgias tem diminuído.
Sobre postergar o tratamento, alguns casos são preocupantes, de acordo o médico:
Casos oncológicos – “adiar uma cirurgia indicada ou deixar de concluir a suspeita de um diagnóstico pode alterar a evolução da doença e piorar o quadro do paciente”.
Metrorragia (hemorragia uterina em intervalos irregulares) – “principalmente nas miomatoses uterinas, nós temos receio que haja uma piora dos quadros de anemia por causa da perda sanguínea”.
Endometriose – “pode evoluir com o tempo”.
O Dr. Rubens do Val afirma que as cirurgias robóticas têm acontecido dentro das medidas de segurança e contenção do Hospital Leforte, que separou os fluxos dos pacientes dentro do hospital. “Existem dois fluxos para pacientes dentro do hospital: um para paciente com síndrome gripal, que vai acessar uma área do hospital, elevador, uma outra área de pronto socorro, outra área de internação. E temos uma outra área, que não se mistura com a das pessoas doentes por Covid-19”, explica.
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