O transplante de órgãos muitas vezes é a única esperança de um novo recomeço para pacientes acometidos por diferentes doenças. Por conta da pandemia causada pelo coronavírus, o número total de procedimentos realizados no mundo caiu 16% no último ano – o correspondente a 11.253 cirurgias de rim, fígado, pulmão e coração –, segundo um estudo divulgado pela revista científica The Lancet Public Health, publicado em 30 de agosto deste ano.
Por este motivo, o Dia Nacional de Doação de Órgãos, celebrado em 27 de setembro, ganhou relevância para que o Brasil retome o crescimento no número de transplantes registrados. Apesar da queda no número de procedimentos, devido à pandemia, o Grupo Leforte teve uma redução menor no caso dos transplantes de fígado – de 6%, na comparação entre 2020 e 2021. De acordo com os dados divulgados pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), somente no Estado de São Paulo, essa queda foi de aproximadamente 22%.
Com os casos de infecção pelo coronavírus em queda e a segurança proporcionada por protocolos rígidos adotados pelas instituições de saúde, pouco a pouco os doadores e os pacientes retomam a confiança para a realização dos procedimentos. “Depois de tanto tempo com restrições de mobilidade e, muitas vezes, sem cumprir o seguimento médico necessário, infelizmente muitos pacientes tiveram seu quadro agravado e necessitam de transplante o mais breve possível. Do ponto de vista dos receptores, sempre houve o desejo de antecipar o transplante o mais breve possível”, afirma o Dr. Tércio Genzini, coordenador do Núcleo de Fígado do Centro de Transplantes do Grupo Leforte.
De acordo com o especialista, a pandemia resgatou o instinto de solidariedade da população, principalmente em relação ao transplante. “Percebemos uma disposição maior e uma valorização da vida após os doadores vivos e as famílias dos doadores falecidos terem enfrentado a pandemia”, diz o Dr. Tércio Genzini.
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Núcleo do Fígado do Grupo Leforte
O Núcleo do Fígado do Centro de Transplantes do Grupo Leforte é a instituição privada não-filantrópica que mais realiza transplantes em todo o Brasil. Além disso, o serviço está apto a atender os pacientes em todas as fases do diagnóstico e tratamento das doenças que acometem o fígado, desde as situações mais leves até as mais complexas, proporcionando um atendimento focado e especializado, em benefício do paciente.
Para o Doutor Tércio Genzini alcançar o transplante é como alcançar qualquer outra conquista na vida. “É necessário foco no tratamento, concentração nos cuidados da saúde, confiança na equipe médica e fé para que, no momento da morte, o amor e a solidariedade superem a dor e permitam que a família diga sim à doação de órgãos”, declara.
O Núcleo do Fígado do Centro de Transplantes do Grupo Leforte orienta que pacientes sem histórico familiar ou que não se enquadrem em algum tipo de risco, realizem check-ups periódicos a partir dos 40 anos, para detecção precoce das doenças do fígado. Isso é feito por meio de testes de laboratório e ultrassonografia, capazes de avaliar a estrutura e o funcionamento correto do fígado.
A investigação pode ser aprofundada, caso o médico perceba alguma alteração, por meio mais exames específicos de sangue ou outros métodos de imagem como tomografia computadorizada, elastografia, ressonância magnética ou mesmo a realização de biópsia.
“Todas as doenças agudas ou crônicas do fígado que levam a uma condição de Insuficiência Hepática precisam passar por essa detecção precoce. Alguns exemplos são: cirrose decorrente da infecção pelo vírus da hepatite B ou C, cirrose alcoólica, colangite biliar primária, cirrose biliar secundária, colangite esclerosante primária, hepatite autoimune, cirrose por doença hepática gordurosa não alcoólica e cirrose por uso de medicações” enfatiza o Dr. Tércio Genzini.
O câncer de fígado, por sua vez, pode ser primário, com origem no próprio órgão, ou secundário, quando começa em um outro órgão e se espalha (metástase). O tratamento é feito por meio de quimioterapia, imunoterapia, ressecção (retirada do tumor), quando os exames indicam que o funcionamento do fígado está preservado.
Também podem ser complementados com outros procedimentos localizados, como a ablação por radiofrequência (uma frequência aquece e destrói as células cancerosas), radioterapia e alcoolização (injeção de álcool absoluto com ação direta no tumor). Em casos mais graves, porém, a opção é o transplante, indicado para casos em que as demais alternativas de tratamento já não possuem tanta eficácia.
Dr. Tércio Genzini é coordenador do Núcleo de Fígado do Centro de Transplantes do Grupo Leforte. Atende no Hospital Leforte Liberdade. Agendamentos: (11) 3345-2288.
Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.
