Programa no hospital beneficiou 67 pacientes que tinham complicações secundárias pelo diabetes tipo 01
O Programa de Transplantes de Pâncreas, Fígado e Rim do Hospital Leforte, juntamente com o Grupo Hepato, realizou 67 transplantes de pâncreas em 2018. Este foi o maior número de procedimentos deste tipo em todo o mundo. Na sequência, a unidade de Transplante de Oxford do Churchill Hospital (UK) registrou 63 e a Universidade de Wisconsin (EUA), 56 casos. Os números serão apresentados durante o 17º Congresso da Associação Internacional de Transplante de Pâncreas e Ilhotas, que acontecerá em Lyon, na França, entre 2 e 5 de julho (http://www.ipita2019.org/).
A equipe brasileira atua há mais de 20 anos e acumula cerca de 850 transplantes de pâncreas neste período, sendo a maior experiência latino-americana. “É gratificante ver que, mesmo com as limitações de um país em desenvolvimento, conseguimos ocupar posição de destaque na transplantação mundial e oferecer oportunidade para diabéticos tipo 1 com complicações graves”, declara o Dr. Marcelo Perosa, coordenador do programa, reforçando que este número poderia ser maior, se houvesse mais informação.
De acordo com o médico, a maioria das pessoas desconhece a possibilidade de transplante de pâncreas para pacientes com diabetes tipo 1 – que surge na fase da infância ou adolescência – e começam a apresentar complicações secundárias nos rins, nervos e visão, após 15 ou 20 anos da descoberta doença.
A indicação do transplante depende da gravidade das complicações do Diabetes. Quando bem indicado e realizado, representa o melhor tratamento, eliminando a necessidade de insulina, restabelecendo dieta livre e sem restrições. Pode ainda evitar, estabilizar ou reverter lesões secundárias em curso, afirma o especialista do Hospital Leforte.
Dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) do primeiro trimestre de 2019 indicaram 433 pessoas aguardando na fila de transplante de pâncreas-rim em todo o Brasil e outros 25 pacientes na fila de transplantes só de pâncreas. Segundo o mesmo registro, 53% dos transplantes de pâncreas do país foram feitos pelo Hospital Leforte até então no ano de 2019. Os problemas de saúde enfrentados por esses indivíduos ocorrem devido ao diabetes tipo 1, que atinge 10% do total de diabéticos no país, conforme dados da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD).
Sobre o Leforte
Atualmente, o Grupo Leforte possui três unidades hospitalares que somam 620 leitos, sendo duas em São Paulo, nos bairros da Liberdade e do Morumbi, e outra em Santo André, no ABC Paulista. Também possui unidades especializadas em Oncologia, em Higienópolis, Alphaville e Osasco, e uma voltada para Pediatria, em Santo Amaro, além de policlínicas em Alphaville e Cotia. O Leforte é o Hospital Oficial do GP Brasil de Fórmula 1.