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Hipertensão infantil e na adolescência

No Brasil, a hipertensão infantil e na adolescência afeta de 3 a 15% das pessoas nessas faixas. Veja, no site do Grupo Leforte, como prevenir.
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Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 15/08/2022

A hipertensão, chamada popularmente de pressão alta, é um problema de saúde que afeta de 23 a 25% da população brasileira. Mas, muitas pessoas sequer sabem que têm a doença, pois ela não costuma provocar sinais e sintomas. Já em crianças e adolescentes, a incidência da hipertensão varia de 3 a 15% e está associada, principalmente, ao aumento de sobrepeso e obesidade. Continue a leitura para saber o que é possível fazer para prevenir a hipertensão infantil e na adolescência, como é feito o diagnóstico e como o problema pode ser evitado e tratado.

O que é hipertensão infantil e na adolescência?

Hipertensão infantil e na adolescência ocorre quando a criança ou o jovem tem valores de pressão arterial sistólica (PAS) e/ou diastólica (PAD) iguais ou superiores a P95 em três ou mais ocasiões diferentes. Neste caso, a pressão alta é aferida tanto durante a avaliação médica quanto fora dela.

  • O diagnóstico precisa considerar a idade, o gênero, a circunferência da cintura e o percentil de altura.

Quais são os fatores de risco para hipertensão infantil e na adolescência?

Existem alguns fatores de risco que aumentam as chances de desenvolver hipertensão infantil e na adolescência, tais como:

  • Nascimento prematuro;
  • Diabetes tipo 1 e tipo 2;
  • Transplante de órgão;
  • Obesidade;
  • Apneia do sono;
  • Colocação de stent para corrigir estreitamento da parte descendente da aorta (a principal artéria do nosso corpo) na região torácica;
  • Hipertensão arterial sistêmica;
  • Síndromes genéticas associadas à hipertensão arterial sistêmica (neurofibromatose, síndrome de Turner, síndrome de Williams).

Como prevenir a hipertensão infantil e na adolescência?

Para ajudar a prevenir os casos de hipertensão infantil e na adolescência, é importante ter uma alimentação equilibrada e combater o sedentarismo com a prática regular de atividades físicas e/ou de exercícios físicos, conforme a idade.

Alimentação – a base da alimentação de crianças e adolescentes deve ser de alimentos in natura ou minimamente processados. É importante comer diferentes frutas, legumes e verduras, bem como alimentos assados e grelhados ao invés de fritos, bem como tomar água ao invés de bebidas industrializadas e açucaradas.

Atividade física – é qualquer atividade que movimente o corpo de forma intencional, seja para o lazer, fazer tarefas domésticas etc. É importante que as crianças e adolescentes diminuam o tempo de tela, ou seja, o tempo que passam no computador, celular e TV. Pois assistir televisão durante uma a três por dia, por exemplo, aumenta o risco de obesidade infantil de 10% a 27%. Mas, não adianta diminuir o tempo de tela e continuar parado, é o comportamento que precisa mudar, como andar de bicicleta, jogar bola e adotar brincadeiras nas quais é necessário se movimentar.

Exercícios físicos – são atividades planejadas e executadas sistematicamente para manter ou melhorar a estrutura muscular, a flexibilidade e o equilíbrio. Geralmente, são orientadas por um profissional de educação física. Pode-se dizer que é um tipo de atividade física, embora uma atividade física não seja um exercício físico. Caminhar rápido e andar de bicicleta em ritmo normal são exemplos de exercícios físicos de intensidade moderada que a criança e o adolescente podem fazer facilmente. Já correr e pular corda rápido são alguns exercícios físicos de intensidade vigorosa que também são simples de fazer.

Além disso, crianças maiores de três anos devem ter a pressão arterial medida pelo menos uma vez por ano. Esse cuidado precisa se tornar uma rotina para que o diagnóstico e o tratamento, principalmente o sem uso de medicamentos, possam ser feitos precocemente, evitando complicações em curto e longo prazo. Antes dos três anos, e pressão arterial só precisa ser medida quando a criança tem alguma condição que aumente o risco de desenvolver hipertensão, como:

  • Histórico neonatal (nascimento prematura, por exemplo);
  • Doença cardíaca e/ ou renal (corrigida ou não);
  • Transplantes (órgão sólido ou medula óssea);
  • Câncer;
  • Aumento da pressão intracraniana.

Quais são os sinais e os sintomas de hipertensão infantil e na adolescência?

Normalmente, a hipertensão infantil e na adolescência não provoca sinais e sintomas. Assim como nos adultos, é uma doença silenciosa. Algumas crianças e jovens podem ter desconfortos, como dor de cabeça, irritabilidade e alterações do sono, mas não é uma regra.

  • É comum a hipertensão infantil e na adolescência ser uma consequência de outro problema de saúde, que afete algum órgão ou sistema específico, por exemplo, rins e coração.

Como é feito o diagnóstico da hipertensão infantil e na adolescência?

O diagnóstico da hipertensão infantil e na adolescência, em alguns casos, é feito tardiamente, devido à falta de inclusão da medida da pressão arterial na rotina de exames da criança. O exame clínico é fundamental, mas dependo do histórico de saúde da criança ou adolescente, o médico pode solicitar exames complementares para investigar se a hipertensão está associada a um outro problema de saúde. Alguns desses exames podem ser os seguintes:

  • Glicemia – exame de sangue que ajuda no diagnóstico de diabetes e na avaliação do hormônio estimulador da tireoide (TSH);
  • Polissonografia – exame que investiga possíveis distúrbios do sono;
  • Ultrassonografia com doppler do rim – avalia se há estreitamento de artérias renais;
  • Ecocardiograma com doppler – avalia diversas doenças no coração, assim como alterações na musculatura dos ventrículos.

Como é feito o tratamento da hipertensão infantil e na adolescência?

Assim como acontece com os adultos, o tratamento da hipertensão infantil e na adolescência envolve mudanças no estilo de vida. As alterações estão relacionadas à alimentação e a fazer atividades físicas e/ou exercícios regularmente. Mas, há casos em que pode ser necessário fazer o uso de medicamentos.

Quais tipos de alimentos devem ter o consumo reduzido – os que são ricos em sal, gorduras e açúcar, por exemplo:

  • Carne vermelha;
  • Leite e derivados (manteiga e queijo);
  • Pão;
  • Bolo;
  • Doces;
  • Arroz

Quais tipos de alimentos devem ser priorizados – alimentos ricos em potássio, magnésio, cálcio, proteínas e fibras, tais como:

  • Frutas;
  • Legumes e verduras;
  • Grãos;
  • Aves;
  • Castanhas.

Atividades e exercícios físicos – devem ser incentivadas atividades que gerem prazer, como nadar ou dançar, assim fica mais fácil da criança ou jovem aderir à prática. Hábitos simples, como caminhar ou andar de bicicleta em alguns dias na semana, já ajudam o jovem a se exercitar.

Medicamentos – quando a união de uma boa alimentação com a prática regular de exercícios físicos não funciona, ou seja, não são suficientes para controlar a pressão arterial, o médico pode recorrer ao uso de medicamentos.

  • É recomendado fazer reavaliações a cada quatro ou seis semanas para ajustar dosagem do medicamento;
  • Após estabelecer o controle da pressão, os intervalos podem variar de três a quatro meses.

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Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.

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