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Mal de Alzheimer: o que é importante saber

Conheça o blog do Hospital Leforte: conselhos sobre nutrição, saúde mental, sintomas e prevenção de doenças, elaborado por médicos e especialistas da área da saúde.
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Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 30/01/2020

A Doença de Alzheimer é a causa mais comum de demência, sintoma relacionado à perda de memória, da capacidade de percepção de meio ambiente, de juízo e raciocínio. Compromete principalmente pessoas acima dos 60 anos de idade e não deve ser confundida com o envelhecimento cerebral normal.

O Alzheimer é uma doença progressiva. No início, a perda da memória é leve, frequentemente não valorizada e confundida com esquecimento normal. Com a evolução da doença há o agravamento dos sintomas, podendo-se manifestar inabilidade em conversar e interagir com o meio. 

É a sexta causa de morte. Pacientes portadores da doença vivem em média 8 anos após o diagnóstico, entretanto sobrevidas maiores são observadas dependendo de vários fatores.

Não há cura para a Doença de Alzheimer apesar de diversos tratamentos disponíveis para minimizar os sintomas e proporcionar qualidade de vida por um período significativo de tempo.

Causas

Não se conhece a causa do Alzheimer, porém, muitas pesquisas levam a crer que a associação de fatores ambientais com fatores de risco genéticos possa iniciar uma série de alterações metabólicas décadas antes da manifestação da doença.

Fatores de risco para o desenvolvimento da doença:

  • Idade avançada
  • História familiar (a maioria dos casos não é herdada, somente 5% são formas familiares)
  • Gene APOE 4
  • Obesidade
  • Resistência à insulina
  • Distúrbios vasculares
  • Dislipidemias
  • Depressão
  • Marcadores inflamatórios
  • Síndrome de Down
  • Traumatismo craniano

Sintomas

O principal sintoma é a dificuldade de se lembrar de informações novas. Todos nós experimentamos dificuldades de lembrar de certos fatos ou aprendizados, no entanto, a gravidade desses sintomas é muito marcante na Doença de Alzheimer, onde observamos, ainda, distúrbios do humor, desorientação no tempo e no espaço, perda da capacidade de reconhecer seu ambiente e, com o avançar da doença, até mesmo de seus parentes mais próximos.

Sintomas de alerta

Alguns sintomas merecem especial atenção:

  1. Perda de memória que modificam a rotina diária: esquecimento de informações recentes, datas, eventos e repetição de perguntas.
  2. Desafio na resolução de problemas: dificuldade de planejar ou trabalhar com números, como manter o pagamento das contas em dia.
  3. Dificuldade em completar tarefas domésticas diárias: problemas para dirigir em lugares conhecidos, organizar orçamentos no trabalho e lembrar regras básicas, por exemplo, de jogos preferidos.
  4. Confusão no tempo e lugar: confusão com datas e estações do ano.
  5. Dificuldade de entender imagens e relações espaciais: problemas com leitura, distâncias, para determinar cores e contrastes, levando a problemas para dirigir.
  6. Problemas com palavras faladas e escritas: podem desenvolver dificuldade para conversar, interrompendo o dialogo no meio e esquecendo palavras usuais.
  7. Colocação de objetos em lugares errados: incapazes de retroceder mentalmente para achá-los.
  8. Diminuição ou perda do julgamento: gastando dinheiro desnecessariamente.
  9. Abandono do trabalho e outras atividades: hobbies, atividades sociais, esportes…
  10. Mudanças no humor e na personalidade: desconfiados, depressivos, amedrontados e ansiosos.

Diagnóstico

O diagnóstico é eminentemente clínico, feito por meio de um exame médico, neurológico e avaliação neuropsicológica. Exames complementares ajudam a excluir outras doenças causadoras de demências. Porém, não há um exame laboratorial responsável por diagnosticar a Doença de Alzheimer.

Tratamento

É uma doença incurável. Algumas medicações ajudam a estabilizar a doença, reduzindo a velocidade dos sintomas e mantendo a qualidade de vida por mais tempo. O esquema medicamentoso mais adequado a cada paciente segue algumas diretrizes melhor avaliadas pelo especialista.

Prevenção

A prevenção da doença passa necessariamente por mudanças de hábitos:

  • Atividade física, principalmente a atividade aeróbica
  • Optar por alimentação mais saudável – a dieta do Mediterrâneo mostrou-se a mais promissora
  • Controle de patologias com fatores de risco vascular como diabetes, hipertensão arterial, dislipidemias (elevação dos níveis de colesterol e triglicerídeos no sangue), obesidade com resistência à insulina, síndrome metabólica, consumo de cigarro e álcool
  • Atividade intelectual com jogos, estudos, novos aprendizados
  • Preservação das relações sociais e familiares

Muitas pesquisas estão em andamento, tanto para o diagnóstico como para o tratamento. No entanto, a melhor recomendação é a prevenção, adotando hábitos de vida saudáveis com uma boa alimentação e atividades físicas, evitando fatores nocivos como sedentarismo, obesidade, consumo de álcool e tabagismo.

Dr. Marco Tulio Sette dos Santos é neurocirurgião do Grupo Leforte.

Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.

Escrito por
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Equipe Leforte

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