Enfermeiro navegador é uma categoria com possibilidades de crescimento
O aumento de expectativa de vida caminha junto com necessidade de cuidado com a saúde, o que faz da área uma das maiores empregadoras no país. De acordo Relatório da Federação Brasileira de Hospitais (FBH), em 2018, havia 4.397 hospitais privados no Brasil, sem contar a rede pública e as diferentes categorias de atendimento que surgem a cada dia, como as clínicas populares.
Com o crescimento desse mercado, nascem também novas oportunidades de carreira, tendo em vista a especialização e as novas demandas trazidas pelos avanços tecnológicos e terapêuticos.
Entre as categorias que mais tiraram proveito desse cenário está a Enfermagem. De auxiliar e técnico a enfermeiro, o segmento possui oferta diversa de atuação e, consequentemente, de salários. Uma dessas opções mais recentes é o enfermeiro navegador, com clara tendência de crescimento devido ao aumento de casos de pacientes oncológicos.
A demanda por esse tipo de profissional ocorre porque os avanços de tratamentos e tecnologias já apontam o câncer como uma doença crônica e não mais como fatal. Por isso, o atendimento multidisciplinar exige um profissional que seja capaz de conhecer e antever as necessidades dos pacientes, propondo soluções e encaminhamentos a diferentes especialidades médicas.
O profissional tem como objetivo auxiliar na organização estratégica do cuidado do paciente com câncer. Entre as suas atribuições está: atuar no acompanhamento periódico para garantir que as necessidades do paciente de acordo com um plano de cuidado individualizado, dar suporte às consultas e exames, além de manter o histórico e os dados de saúde eletrônicos do paciente atualizados. Ou seja, ser a ponte entre paciente e equipe multidisciplinar do hospital.
“Somos o apoio e, ao mesmo tempo, o olhar do paciente que está muitas vezes digerindo a notícia de uma doença, ainda vista por muitos como fatal, e que implica em um tratamento complexo. É preciso ter muita sensibilidade não só junto a ele, mas também com os familiares”, explica Renata Madrid, que atua no Hospital Leforte.
Com experiência na área como enfermeira navegadora, Renata fez especialização em oncologia e reforça que este é um mercado que ainda está sendo descoberto não só pelos enfermeiros mas também pelos hospitais. “Estamos falando de uma pessoa que integra a atuação de vários profissionais, proporcionando ganhos de agilidade e tempo de tratamento.”
Desenvolvido em 1990 pelo médico americano Harold Freeman, o conceito de navegação de pacientes foi idealizado após a identificação de que principalmente pacientes com menor poder aquisitivo acabavam não seguindo todo o tratamento como deveriam. O processo buscou ultrapassar as barreiras socioeconômicas, financeiras, culturais, burocráticas e psicológicas que dificultavam o acesso aos serviços e sistemas de saúde.
A atuação dos enfermeiros navegadores na assistência aos pacientes oncológicos ajuda na percepção do tratamento. Trata-se de um processo educativo, pois transmite conhecimento e desenvolve habilidades, atitudes e autoconhecimento da sua condição atual e como participar ativamente da terapia.
“Ajudamos a humanizar e simplificar a rotina de tratamento do paciente. E temos o retorno positivo de cada indivíduo que atendemos. Além disso, a equipe médica passa a nos ver como um profissional que contribui para melhorar a atuação do responsável por cada etapa do tratamento”, explica Vanessa Moreira, que atua no Grupo Leforte.
Iniciando sua carreira como técnica de enfermagem no interior de São Paulo, Vanessa disse que viu aumentarem as oportunidades quando fez a graduação em enfermagem. “O navegador quase não é conhecido. Estamos falando de um mercado de trabalho em amplo crescimento, mesmo diante de crises econômicas e com muito retorno de satisfação, porque lidamos com o bem maior que é a vida humana”, finaliza.
Sobre o Grupo Leforte
Atualmente, o Grupo Leforte possui três unidades hospitalares que somam 620 leitos, sendo duas em São Paulo, nos bairros da Liberdade e do Morumbi, e outra em Santo André, no ABC Paulista. Também possui unidades especializadas em Oncologia, em Higienópolis, Alphaville e Osasco, e uma voltada para Pediatria, em Santo Amaro, além de policlínicas em Alphaville e Cotia. O Leforte é o Hospital Oficial do GP Brasil de Fórmula 1.