A vermelhidão, dor localizada e dificuldades de movimentação são sinais que podem indicar uma série de doenças relacionadas à ortopedia, traumatologia e reumatologia. Em geral, a dor é uma resposta natural do organismo e, se as causas não forem identificadas e tratadas, ela pode se tornar crônica. De acordo com a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, a queixa é responsável por mais de 60% dos casos nos serviços de pronto atendimento.

Já a vermelhidão e a dificuldade de movimentação, muitas vezes, está associada a algum tipo de inflamação e inchaço das juntas e dos membros – como mãos, pulsos, cotovelos, joelhos e tornozelos. Entre os diagnósticos, alguns dos mais comuns podem ser tendinite, distensão muscular, bursite, ruptura de ligamento, artrite e artrose.

Tendinite

A tendinite é a inflamação de um tendão. Essa doença costuma ser mais frequente em idosos, já que os tendões são mais fracos e suscetíveis a lesões, e também em pessoas que se exercitam intensamente ou fazem tarefas repetitivas. A doença pode causar inchaço, dor localizada, vermelhidão e dificuldades de movimentação. Para prevenir a tendinite, o ideal é evitar levantamento de peso ou ações de torção, como as que acontecem em determinados esportes – já que elas podem piorar os sintomas. Os lugares mais comuns de serem afetados, são: punho, cotovelo, ombro, joelho ou tornozelo.

Como tratar a tendinite – O ideal é imobilizar a região e ficar em repouso por 2 ou 3 dias e fazer compressas de gelo várias vezes ao dia. O uso de uma bandagem elástica pode ajudar na imobilização. Caso a situação não melhore em poucas semanas, o médico ortopedista pode encaminhar o caso para a fisioterapia.

Distensão muscular

A distensão muscular é caracterizada pelo rompimento de um músculo ou tendão, causando inflamação na região atingida. Entre os sintomas, além de dor localizada, vermelhidão e dificuldades de movimentação, é possível sentir fraqueza e câimbra. Em geral, a distensão muscular afeta tornozelo, pé, pulso, polegar, joelho, perna ou costas.

Como tratar a distensão muscular – Durante os primeiros dias, algumas medidas podem ajudar a reduzir o inchaço e as dores. É importante interromper qualquer atividade ou exercício que faça peso, aplicar bolsa de gelo várias vezes ao dia e manter o membro elevado sobre um travesseiro. Banho quente, massagem e produtos com álcool devem ser evitados. Se as dores persistirem por muitos dias, um médico ortopedista pode optar por receitar sessões de fisioterapia como tratamento.

Bursite

A bursite acontece quando as articulações apresentam dor localizada, vermelhidão e dificuldades de movimentação e ficam sensíveis e inchadas. Isso acontece porque os sacos cheios de líquido (conhecido como bursa), que protegem as articulações, ficam inflamados. Essa doença é mais comum de acontecer nos ombros, quadris, cotovelos e joelhos.

Como tratar a bursite – Para reduzir o inchaço e a dor, é importante evitar mover a junta e/ou fazer atividades que possam pressionar o local lesionado. O ideal é manter o membro em área elevada, de preferência acima do nível do coração. Fazer compressas com bolsa de gelo por cerca de 10 minutos diversas vezes ao dia também pode ajudar a diminuir o incômodo. O médico ortopedista pode coletar amostra de fluido da articulação para teste de infecções e alívio dos sintomas.

Ruptura de ligamento

A ruptura do ligamento (colaterais ou cruzados) é uma das lesões mais comuns de acontecerem no joelho. Em geral, as maiores vítimas são atletas de esportes que exigem alta demanda física – como o futebol. Entre as causas da ruptura, podem estar mudanças rápidas de direção e o apoio incorreto após um salto. Entre os sintomas estão dor localizada, vermelhidão e dificuldades de movimentação.

Como tratar a ruptura de ligamento – Quando esse tipo de lesão acontece é preciso avaliar a gravidade do ferimento e o nível de atividade do paciente para definir o melhor tratamento. Na maioria das vezes, uma cirurgia pode ser recomendada pelo médico ortopedista. Tratamentos não cirúrgicos, que contam com o uso de muletas e fisioterapia, pode ser indicado para pacientes mais idosos ou com nível de atividade física baixo.

Artrite

A artrite é uma doença que causa dor e inflamação nas articulações. Entre os tipos mais comum está a artrite reumatoide, que é quando o sistema imunológico ataca as próprias articulações causando dor localizada, vermelhidão e dificuldades de movimentação. Esse tipo de artrite é crônica e progressiva e, em geral, atinge mãos, colunas, joelhos e quadris.

Como tratar a artrite – Não há cura para a artrite, mas muitos tratamentos podem ajudar a conter os sintomas e promover maior qualidade de vida. Ele inclui medicamentos, fisioterapia, terapia ocupacional e cirurgia para prevenir danos maiores. O acompanhamento com um médico ortopedista e reumatologista é essencial.

Artrose

A artrose, também conhecida como osteoartrite, afeta o revestimento liso da cartilagem da articulação e alterações ósseas como o “bico de papagaio”. Apesar de muitas vezes ter causa desconhecida, ela pode estar relacionada a defeitos na articulação do joelho ou alterações no metabolismo. Em alguns casos, ela pode ser também hereditária. Entre os sintomas estão vermelhidão, dor localizada e dificuldades de movimentação.

Como tratar a artrose – Assim como a artrite, a artrose não tem cura. Mas existem tratamentos que tem como objetivo amenizar os sintomas. Eles incluem mudanças no estilo de vida, como a prática de atividades físicas e reeducação alimentar, visando a diminuição do peso, medicamentos e cirurgia.

Mesmo que se sinta melhor, é importante seguir as recomendações e terminar todo o ciclo do medicamento prescrito pelo médico. Ainda que os sintomas desapareçam sem o uso de remédios, é importante ficar atento a vermelhidão, dor localizada e dificuldades de movimentação. Se as queixas persistirem, é fundamental procurar um profissional para investigar se há alguma coisa de errado.

Somente um médico pode diagnosticar um problema de saúde e indicar o melhor tratamento para cada caso. Nunca tome medicamentos por conta própria, mesmo que tenham sido recomendados por alguém com problema que você ache parecido com o seu. Eles podem disfarçar os sinais e sintomas dificultando o diagnóstico e até agravar o problema de saúde e criar novos.

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Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.