Publicado em revista internacional, referência na área, novo procedimento minimamente invasivo pode beneficiar milhares de pacientes a cada ano
Uma nova técnica desenvolvida por cirurgiões buco-maxilo-faciais brasileiros reduz os efeitos colaterais e diminui o tempo necessário de internação para o tratamento de uma doença que afeta 2 milhões de pessoas a cada ano no Brasil: a disfunção temporomandibular.
De autoria dos especialistas Carlos Alberto Novelli Assef, Pedro Henrique Azambuja Carvalho e Raphael Capelli Guerra, o trabalho foi publicado na revista British Journal of Oral and Maxillofacial Surgery, uma das referências de maior impacto na área. O novo procedimento minimamente invasivo, feito como uso de um vídeo-endoscópio, permite acesso direto à cavidade articular, para correção de disfunções na Articulação Temporal Mandibular (ATM).
Essa articulação é responsável por ligar a mandíbula ao crânio e, em casos de desgaste, provoca dores, dificuldade de mastigação, estalos e travamentos, entre outros transtornos. Uma das principais causas é o bruxismo – hábito involuntário de ranger ou apertar os dentes.
“Trata-se de uma disfunção mais comum em adultos e idosos. Mas, em razão do estresse, hábitos parafuncionais, mal oclusão, temos registrado um aumento considerável entre os jovens”, afirma Raphael Capelli Guerra, que também é coordenador do Centro de Tratamento de Disfunção Temporomandibular (DTM) do Hospital Leforte.
Entre os 2 milhões de novos casos de ATM no Brasil, em torno de 35% precisa passar por tratamento clínico ou cirúrgico. Atualmente, esse procedimento é feito por meio de cirurgia exploratória com acesso direto à articulação e pode levar a um período de internação de até 2 dias. A nova técnica reduz a taxa de morbidade, edemas e cicatriz através da utilização de endoscópio. “Além disso, 90% dos nossos pacientes tiveram alta hospitalar no mesmo dia”, revela Guerra.
A ATM, muitas vezes, provoca dores de cabeça ou zumbido no ouvido. O diagnóstico tardio pode levar à dor crônica, dificultando o tratamento. Por isso, segundo o Dr. Guerra, o ideal é que nos primeiros sintomas um cirurgião dentista seja procurado, para que o paciente seja, então, encaminhado a um especialista em Cirurgia Buco-Maxilo-Facial. Por meio de anamnese, exames clínicos e complementares, como ressonância magnética e tomografia, é possível chegar ao diagnóstico correto, em tempo hábil.
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Sobre o Leforte
O Grupo Leforte possui três unidades hospitalares que somam 620 leitos, sendo duas em São Paulo, nos bairros da Liberdade e do Morumbi, que têm certificação pela metodologia canadense Qmentum International, nível Diamante, e outra em Santo André, no ABC Paulista. Também possui unidades especializadas em Oncologia em Higienópolis e Alphaville e uma voltada para Pediatria, em Santo Amaro. O Grupo possui grande tradição nas áreas de Cardiologia, Neurologia, Oncologia, Traumatologia, Pediatria e transplantes de medula, fígado, pâncreas e rins. Desde 2017, o Leforte é o Hospital Oficial do GP Brasil de Fórmula 1.