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Dermatologia

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Psoríase pode acometer também as articulações, saiba mais sobre a doença

A psoríase é uma doença inflamatória da pele que pode se agravar se não tratada de forma adequada. Saiba, no site do Grupo Leforte, as causas e tratamentos.
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Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 27/10/2021

A psoríase é uma doença crônica, não contagiosa e inflamatória da pele, com períodos de piora e melhora das crises. Em alguns casos, ela pode também acometer as articulações e se manifestar de formas graves, causando impacto negativo na qualidade de vida da pessoa.

25 de outubro é marcado pelo Dia Nacional e Mundial da Psoríase, data que busca levar informações à população sobre as causas da doença, tratamentos e como conviver bem com a psoríase. Para falar sobre o assunto, o Grupo Leforte convidou a Dra. Juliana Calixtro, médica dermatologista.

Quais são as possíveis causas da psoríase?

DRA. JULIANA CALIXTRO – A causa da psoríase é desconhecida, mas acredita-se que a doença surge em pessoas com predisposição genética, junto a alguns fatores ambientais e comportamentais, que agem como gatilhos para o desenvolvimento das crises.

Nas pessoas predispostas à psoríase, quais são os fatores que podem ser desencadeadores e/ou agravantes?

DRA. JULIANA CALIXTRO – Alguns fatores podem motivar ou piorar crises da psoríase. São eles:

  • Estresse;
  • Obesidade;
  • Infecções;
  • Alguns tipos de medicamentos, como antimaláricos, lítio, betabloqueadores, entre outros;
  • Consumo excessivo de bebidas alcoólicas;
  • Tabagismo;
  • Traumatismos locais na pele.

Há estimativa da incidência da psoríase no Brasil e no mundo?

DRA. JULIANA CALIXTRO – No Brasil, em torno de 5 milhões de pessoas convivem com a psoríase. Já no mundo todo, a incidência é de 125 milhões de pessoas.

A psoríase é mais comum em algum sexo, etnia ou faixa etária?

DRA. JULIANA CALIXTRO – A incidência da psoríase é a mesma em ambos os sexos e a doença pode atingir pessoas de qualquer idade. Porém, é mais comum entre 30 e 50 anos. Pessoas de pele clara são mais suscetíveis a desenvolver a psoríase.

Quais são os tipos de psoríase e quais os sinais e sintomas de cada uma?

DRA. JULIANA CALIXTRO – A psoríase se divide entre os seguintes tipos:

  • Psoríase em placas – é o tipo mais comum. Se manifesta por meio de lesões avermelhadas, com escamas prateadas ou esbranquiçadas, podendo coçar ou até doer. Geralmente se localiza nos joelhos, cotovelos e couro cabeludo, mas pode atingir qualquer outra parte do corpo.
  • Psoríase ungueal – pode afetar as unhas das mãos e dos pés, tornando-as mais grossas, com crescimento anormal e até áreas de descolamento e alteração da cor.
  • Psoríase do couro cabeludo – presença de vermelhidão e escamas grossas, esbranquiçadas e/ou prateadas. Assemelha-se à caspa e à coça.
  • Psoríase gutata – surge geralmente após infecções de garganta. São pequenas feridas em forma de gota, cobertas por uma fina escama. É mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens.
  • Psoríase pustulosa – pode ser generalizada ou localizada em áreas específicas, como mãos e pés. Surge de forma rápida e pode estar associada a febre, calafrios, fadiga e coceira intensa. São pequenas bolhas contendo pus sobre a área avermelhada. A forma generalizada é uma manifestação grave da doença, que pode trazer risco de morte se não for tratada de forma adequada.
  • Psoríase eritrodérmica – acomete todo o corpo, com vermelhidão e descamação. Pode coçar ou arder. É uma forma grave da doença, necessitando de internação hospitalar para controle.
  • Psoríase artropática – manifestação da doença nas articulações. Causa fortes dores nas mesmas, podendo evoluir com deformidade.
  • Psoríase invertida – atinge dobras e áreas úmidas, como axilas, virilha e embaixo dos seios.

Como é feito o diagnóstico da psoríase?

DRA. JULIANA CALIXTRO – O diagnóstico da psoríase é clínico, por meio da análise das lesões de pele para determinar o tipo da doença. Em alguns casos, o médico pode solicitar uma biópsia – exame em que é colhida uma amostra de tecido da pele – para descartar a presença de outros possíveis problemas de pele.

Como é o tratamento da psoríase? Ele pode ser diferente em função do tipo da doença?

DRA. JULIANA CALIXTRO – Para se determinar o melhor tratamento da psoríase deve-se considerar o tipo da doença, gravidade – determinada pela extensão do quadro e comprometimento da qualidade de vida – idade e sexo. Algumas formas de terapia são:

  • Tratamento tópico com hidratação da pele associado ao uso de pomadas locais;
  • Fototerapia – exposição à luz ultravioleta com supervisão médica;
  • Tratamento sistêmico – uso de medicamentos em comprimidos ou injeções;
  • Tratamento com biológicos – medicamentos injetáveis, indicados para pacientes com psoríase grave;
  • Acompanhamento psicológico – é indicado devido ao impacto da doença causado na qualidade de vida do paciente.

Existem medidas que possam auxiliar na prevenção da psoríase?

DRA. JULIANA CALIXTRO – É importante evitar comportamentos que possam desencadear ou agravar as crises de psoríase. Manter hábitos saudáveis, como ter uma alimentação balanceada, fazer exercícios físicos regularmente, não fumar, evitar consumir bebidas alcoólicas e seguir o tratamento prescrito pelo médico são algumas formas de prevenir o agravamento da doença.

Se não for tratada, a psoríase pode ter outras consequências, por exemplo, a diminuição da expectativa de vida?

DRA. JULIANA CALIXTRO – Se não tratada, a psoríase pode progredir e causar grande impacto na qualidade de vida do paciente, desencadeando problemas psíquicos – como depressão e ansiedade – deformidades permanentes nas articulações quando acometidas e, no caso da psoríase grave, risco de morte.

A Dra. Juliana de Oliveira Calixtro tem especialização em dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia – SBD, da qual é membro. É médica colaboradora no Ambulatório de Urticária e Farmacodermia do Grupo de Dermatoses Imuno Ambientais do Departamento de Dermatologia da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP e integra o corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein. Também é médica dermatologista do Grupo Leforte, atendendo na Clínica e Diagnósticos Leforte Morumbi às segundas-feiras, no período da tarde, e às quartas-feiras, no período da manhã.

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Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.

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