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Radioterapia pode ser usada no tratamento de outras condições de saúde além do câncer

Embora seja mais comumente usada no tratamento do câncer, a radioterapia pode ser indicada para condições benignas. Saiba mais no site do Leforte.
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Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 06/01/2023

A radioterapia é uma das abordagens mais comuns para o tratamento do câncer. Mais da metade dos pacientes será submetido a ela em algum momento de seu tratamento oncológico. O que nem todo mundo sabe é que a modalidade também pode ser indicada para inúmeras condições benignas. O médico radioterapeuta Dr. Daniel Grabarz, coordenador de radioterapia do Leforte, explica que essa também pode ser uma opção terapêutica para cicatriz queloide, certas condições ortopédicas e alguns tumores benignos, por exemplo.

O que é radioterapia?

A radioterapia é um tratamento médico que utiliza radiações ionizantes, como os raios-X, para destruir ou impedir o crescimento de células anormais que formam um tumor ou um processo inflamatório em uma determinada parte do corpo. O efeito da radioterapia se deve ao dano causado ao DNA das células quando os tecidos são irradiados.

Antes do início das sessões de radioterapia, é realizado um planejamento prévio e personalizado do tratamento. As novas tecnologias auxiliam os especialistas no direcionamento preciso da radiação ao alvo, de modo a preservar os tecidos vizinhos sadios, tanto quanto possível.

A radioterapia pode ajudar a atingir diferentes objetivos de tratamento, principalmente:

  • Curar ou controlar uma enfermidade que esteja presente;
  • Aumentar a eficácia do tratamento cirúrgico;
  • Controlar sintomas causados pela presença de doença.

Quais são os tipos de radioterapia disponíveis?

Atualmente, existem diferentes tipos e técnicas de radioterapia disponíveis. A escolha de qual será utilizada depende de uma avaliação do caso pelo especialista. Em linhas gerais, existem dois tipos principais de radioterapia: interna ou externa.

Radioterapia externa (teleterapia) – com o paciente deitado, uma máquina chamada acelerador linear direciona feixes de radiação para a região do corpo a ser tratada. O tamanho e a forma do feixe, bem como a forma como ele é direcionado ao corpo, são ajustados para a situação particular do paciente. As sessões costumam ser espaçadas ao longo de semanas para permitir que as células saudáveis se recuperem. É a modalidade de radioterapia mais usada, adotada para tratamento de diversos tipos de câncer e de condições benignas.

Radioterapia interna (braquiterapia) – envolve a colocação de uma fonte de radiação no interior do paciente, no local acometido, de forma temporária ou permanente. Essa modalidade pode ser indicada para tratar cânceres ginecológicos, de próstata, de pele, sarcomas, entre outros.

Quais condições benignas podem ser tratadas com a radioterapia?

Embora a radioterapia seja mais frequentemente usada no tratamento do câncer, ela pode ser utilizada para o controle efetivo de diversas condições benignas. Para esses casos, são usadas doses mais baixas do que as adotadas nos tumores malignos e os efeitos colaterais, geralmente, são mínimos. Ainda assim, o radioterapeuta (também conhecido como radioncologista) deverá ter as mesmas precauções, incluindo o planejamento cuidadoso do plano de tratamento e a garantia de acompanhamento de longo prazo.

Além disso, o profissional deve avaliar criteriosamente os riscos comparados aos benefícios do uso da radioterapia, sobretudo para pacientes com menos de 40 anos. Isso porque existe um risco conhecido, embora normalmente muito pequeno, de que a exposição à radiação possa levar ao surgimento de um câncer muitos anos após o tratamento.

De acordo com o Dr. Daniel Grabarz, entre as possíveis aplicações da radioterapia além do câncer estão:

Controle de certos tumores benignos – entre eles os tumores de hipófise, que é uma glândula localizada na base do cérebro, e meningiomas, que afetam as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. “Para essas patologias, tratamentos cirúrgicos associados à radioterapia moderna oferecem excelentes taxas de controle e excelentes resultados”, afirma o médico.

Controle de dor em certas condições ortopédicas – como, por exemplo, ossificação heterotópica, definida como a formação de osso em tecidos moles, onde ele normalmente não aparecia. Isso pode ocorrer após uma lesão ou sem motivo conhecido.

Prevenção de queloides – queloide é uma cicatriz anormal, elevada, de forma irregular, que se estende além da incisão ou lesão da pele. Entre as possíveis causas da formação de queloides estão cirurgias, lacerações, tatuagens, queimaduras, uso de piercing e dermatoses. O tratamento combinado de remoção cirúrgica e radioterapia pós-operatória com elétrons é uma opção efetiva. “A terapia profilática com elétrons para evitar recidiva do queloide também apresenta excelentes resultados estéticos, com diminuição da formação de cicatrizes hipertróficas e queloidianas”, aponta o Dr. Daniel.

Como a radioterapia é utilizada no tratamento do câncer?

A radioterapia é utilizada no tratamento de quase todos os tipos de câncer, inclusive os mais comuns, como câncer de mama, colo do útero, colorretal e pulmão. Ela pode ser indicada em diferentes momentos do tratamento oncológico e por diferentes razões, incluindo:

  • Como tratamento único (primário);
  • Em combinação com outros tratamentos, como quimioterapia, para destruir células cancerígenas;
  • Antes da cirurgia, para encolher o tumor;
  • Após a cirurgia, para interromper o crescimento de quaisquer células cancerígenas remanescentes;
  • No câncer avançado, para aliviar os sintomas da doença.

Quais os possíveis efeitos colaterais da radioterapia e como gerenciá-los?

Antes de tudo, é importante saber que as sessões de radioterapia não provocam dor.  É possível, porém, que surjam alguns efeitos adversos ao longo do tratamento. A maioria deles pode ser amenizado, seja com medicamentos para reduzir sintomas específicos, mudanças na alimentação e a adoção de alguns cuidados com a pele. Uma série de fatores influencia no surgimento e na intensidade dos efeitos colaterais relacionados à radioterapia. Por exemplo:

  • A área do corpo onde é feita a aplicação;
  • A extensão da área irradiada;
  • A dose do tratamento;
  • O tipo de radiação;
  • O aparelho utilizado;
  • A adesão do paciente às orientações de cuidados durante o tratamento.

Comunique sua equipe médica no surgimento de qualquer efeito colateral para que ele possa ser gerenciado adequadamente. Confira alguns dos efeitos indesejáveis mais frequentes e algumas recomendações para administrá-los:

Perda de apetite e dificuldade para ingerir alimentos – é recomendável ingerir alimentos leves e fracionar as refeições.

Cansaço – faça períodos de descanso ao longo do dia e, se necessário, reduza o ritmo de trabalho.

Reação de pele – a pele pode ficar irritada, mais seca e escamosa. Use cremes hidratantes e beba bastante líquido (exceto se houver alguma restrição médica) para manter a pele hidratada. Além disso, evite banhos quentes e prefira sabonetes neutros. Seque a pele de forma delicada. Evite usar roupas justas e coçar a área.

Como é feito o tratamento com radioterapia no Leforte?

O Hospital Leforte Liberdade dispõe de recursos para fazer diversos tipos de tratamentos radioterápicos. Estão disponíveis as terapias em arco dinâmico (VMAT) e a radiocirurgia estereotáxica corpórea (SBRT). Segundo o Dr. Daniel, “no Leforte Liberdade, possuímos um equipamento moderno de radioterapia, o Elektra Infinity, que realiza tratamentos de alta tecnologia, diminuindo os efeitos colaterais e aumentando com segurança as doses de radioterapia e o controle da doença”.

Dr. Daniel Grabarz possui graduação em medicina pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Tem residência médica pela UNICAMP/Centro de Oncologia Campinas e título de especialista em radioterapia pela Associação Médica Brasileira (AMB). Fellowship na Universidade de Toronto Princess Margaret Hospital. Atua como coordenador do serviço de radioterapia do Hospital Leforte.

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Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.

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