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Referência em transplantes no Brasil e no mundo Grupo Leforte aumenta em 28% os transplantes de órgãos em plena pandemia

Centro de Transplantes do Hospital Leforte Liberdade.Considerando todo o Programa de Transplantes (fígado, pâncreas e rins), houve aumento de 28% nos procedimentos entre março e setembro de 2020
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Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 23/10/2020

Enquanto os transplantes de órgãos apresentaram queda preocupante em todo o país, conforme dados divulgados recentemente pela Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), o Serviço de Transplantes de órgãos abdominais do Hospital Leforte Liberdade, que inclui o centro mais ativo em transplantes de pâncreas do mundo na atualidade, além de importantes programas de transplantes hepáticos e renais no cenário nacional, conseguiu aumentar o número de procedimentos realizados mesmo durante a pandemia do novo Coronavírus.

“Fizemos um grande esforço para aperfeiçoar a seleção dos doadores de órgãos e também nos adequamos muito rapidamente aos novos protocolos de segurança contra a COVID-19”, diz o Dr. Marcelo Perosa, cirurgião, especialista em transplantes de pâncreas e rim e coordenador do Centro de Transplantes do Hospital Leforte Liberdade.

Considerando todo o Programa de Transplantes (fígado, pâncreas e rins), houve aumento de 28% nos procedimentos entre março e setembro de 2020, em comparação ao mesmo período do ano anterior. O maior aumento foi registrado nos transplantes de fígado, com alta de 160%. Em todo o país, esse tipo de transplante sofreu queda de quase 7% no primeiro semestre, segundo a ABTO.

Outro destaque foi registrado nas cirurgias para transplante de pâncreas e rins simultâneos, cuja alta foi de 47% desde o início da pandemia.

Centro mais ativo do mundo em transplantes de pâncreas

O Grupo Leforte é líder mundial em transplantes de pâncreas nos últimos três anos. Em 2019, a instituição realizou 74 transplantes pancreáticos e, nesse ano, já foram feitos 68 procedimentos, mesmo com as adversidades da pandemia. Raros são os Serviços do mundo que realizam mais do que 30 transplantes pancreáticos ao ano. “É muito provável que venhamos a bater novamente o recorde mundial em 2020”, diz o Dr. Perosa.

Transplantes de Pâncreas: uma alternativa pouco conhecida aos portadores de diabetes tipo 1 em sua forma grave

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Diabetes, cerca de 1,3 milhão de brasileiros são portadores do diabetes tipo 1.

O diabetes tipo I geralmente surge na infância, adolescência ou fase de adulto jovem. Diferente do tipo II, em que o aparecimento da doença é influenciado fortemente por fatores hereditários, obesidade e hábitos alimentares inadequados, o tipo I tem componente autoimune e se caracteriza pela incapacidade do organismo em produzir insulina. Após 15 a 20 anos de doença, as complicações secundárias podem ocorrer em 50% dos casos, manifestando-se principalmente como perda de visão, piora da função renal levando à necessidade de diálise e eventos cardiovasculares.

O transplante de pâncreas é recomendado para casos de diabéticos tipo 1 em sua forma grave e se divide em três categorias básicas:

  1. Transplantes de pâncreas-rim simultâneos: para diabéticos tipo 1 já em diálise ou na iminência de tratamento dialítico;
  2. Transplantes de Pâncreas Após Rim: para diabéticos tipo 1 já transplantados renais, mas que persistem com evolução do diabetes e até risco de comprometer o rim já transplantado;
  3. Transplante de Pâncreas Isolado: para diabéticos tipo 1 hiperlábeis, caracterizados pela perda da capacidade de percepção das hipoglicemias. Estes pacientes frequentemente perdem os sentidos, entram em quadro de coma ou convulsões, precisam ser socorridos por terceiros e levados a internações de emergência.

Transplantes de Pâncreas: tratamento potencial para milhares de diabéticos no Brasil

Cerca de 130 mil pacientes encontram-se em tratamento dialítico no Brasil de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia. Desta população, cerca de 20% são pacientes diabéticos tipo 1 ou 2 e aproximadamente 2%, ou 2.600 pessoas, são portadores de diabetes tipo 1 exclusivamente. Desta forma, o transplante de pâncreas-rim teria o potencial de tratar atualmente 2.600 diabéticos no país.
Cerca de 6 mil transplantes renais são realizados anualmente no Brasil. Em torno de 2% destes, 120 casos ao ano, ocorrem em diabéticos tipo 1. Se avaliarmos, portanto, os últimos 10 anos de transplantação renal brasileira, aproximadamente 1200 diabéticos poderiam ser tratados com a modalidade do Transplante de Pâncreas Após Rim. Infelizmente, raros destes pacientes são referenciados para um centro de Transplantes de pâncreas no país e
continuam diabéticos.

Por fim, existem outros inúmeros pacientes com a forma hiperlábil do diabetes, caracterizado por hipoglicemias sem sintomas e necessidade de socorro por terceiros. Mais difícil de se calcular sua exata incidência, admite-se que cerca de 20% dos diabéticos tipo 1 terão ao menos um episódio anual de hipoglicemias graves, sem sintomas. Estes pacientes são habitualmente seguidos pelos endocrinologistas que devem estar atentos ao comportamento do diabetes e a resposta aos diversos tipos de tratamento hoje existentes. Uma minoria dos diabéticos tipo 1 persistirão com hipoglicemias graves, sem sintomas, apesar de todos os recursos hoje disponíveis e utilizados. Tais pacientes deveriam ser encaminhados pelo endocrinologista a um Centro Referenciado em Transplante de Pâncreas.

Dr. Marcelo PerosaCirurgião, especialista em transplantes de pâncreas e rim e coordenador do Centro de Transplantes do Hospital Leforte Liberdade
Consultório: Rua Barão de Iguape, 209 – 4º andar – Bloco C
Horários de atendimentos:
Segunda: das 13h30 às 17h
Quarta: das 15h às 17h
Quinta: das 9h às 12h e das 13h às 16h
Sexta: das 13h às 16h
Telefone de agendamento: (11) 3541-1269/1698 ou ainda (11) 3284-9551

Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.

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