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Como evitar excessos na alimentação durante a Páscoa

Veja, no site do Grupo Leforte, como escapar dos excessos na alimentação durante a Páscoa
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Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 31/03/2021

Com a Páscoa chegando, os brasileiros já esperam provar chocolates e outras sobremesas. Estudos já provaram que o consumo de alimentos ricos em açúcar aumentou durante a pandemia, devido à ansiedade e carga emocional do período. Para falar sobre os excessos na alimentação na Páscoa associados ao momento de isolamento social, conversamos com a nutricionista do Grupo Leforte, Satiko Watanabe.

Pandemia de coronavírus pode motivar excessos na alimentação

Em 2020, uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais e a Unicamp, apontou que o consumo de alimentos saudáveis diminuiu durante a pandemia de coronavírus, passando de 37% para 33%. Por outro lado, 63% dos jovens adultos, de 18 a 29 anos, estão consumindo doces ou chocolates duas vezes por semana ou mais.

A nutricionista Satiko Watanabe percebeu esse tipo de mudança na alimentação de pacientes de todas as idades, desde crianças e adolescentes, até os mais idosos. Para ela, a maior parte da motivação em comer alimentos ricos em açúcar e gorduras é emocional, relacionada à ansiedade causada pelo isolamento social e toda a carga psicológica envolvida no contexto pandêmico. “Quem nunca ouviu aquelas frases: ‘esse bebê está chorando, deve ser fome’ ou ‘estava nervosa e comi uma barra de chocolate inteira’ ou ‘depois de tudo que estamos passando eu mereço comer um doce?’”.

No entanto, segundo Satiko, algumas vezes a vontade exagerada de comer determinados alimentos é fisiológica e pode indicar falta de nutrientes. É necessário investigar as causas clinicamente. Um exemplo é a deficiência de alguns minerais, como o cromo, zinco e magnésio, o que leva a pessoa a sentir uma fome constante.

Nível baixo de serotonina, um neurotransmissor relacionado à sensação de bem-estar, pode estar relacionado à vontade de comer doces, como o chocolate. Mas há outros alimentos, mais saudáveis e ricos em nutrientes que ajudam na formação da serotonina, como:

  • Nozes;
  • Verduras escuras;
  • Banana;
  • Cacau em pó;
  • Abacate;
  • Lentilha;
  • Chia.

Como evitar os excessos na alimentação durante a Páscoa?

Uma das grandes dúvidas das pessoas durante épocas festivas é quando comer determinado alimento passa a ser um exagero. O problema surge quando o hábito de comer chocolate, por exemplo, se torna um ciclo vicioso. A nutricionista Satiko Watanabe explica: “o exagero começa quando não se consegue parar de comer. As porções individuais de 30 gramas ou uma barrinha são quantidades positivas, mas não meio tablete de 170 gramas, como se observa no consultório”.

Algumas dicas para evitar os excessos e colocar hábitos alimentares saudáveis em prática:

Fazer substituições por versões caseiras, com frutas – “uma boa estratégia para quem gosta de doces são as compotas de frutas e geleias caseiras”, afirma Satiko. O ideal é não usar açúcar nas preparações ou ao menos evitar a versão refinada.

Montar um plano de ação junto a um profissional – é recomendado que pessoas com dificuldade em seguir uma dieta balanceada por motivos de ansiedade procurem apoio psicológico e um nutricionista para montar um cardápio personalizado. “Precisamos descobrir de onde vem a ansiedade e montar um plano nutricional com conselhos individualizados para cada momento da vida, considerando ritmo de trabalho, atividades físicas, hábitos alimentares e de vida saudável”, diz a nutricionista.

Evitar abastecer a despensa com vários doces – ter acesso fácil a esses alimentos aumenta as chances de cometer excessos em momentos de ansiedade. Deixe para comprar unidades individuais em momentos de muita vontade. Se você sabe que vai ganhar ovos de Páscoa e outros chocolates, por exemplo, não compre no mercado.

Alimentos típicos da Páscoa são ricos em bons nutrientes, se ingeridos corretamente

Além do chocolate, os peixes e vinhos são alimentos típicos da Páscoa que podem ser aliados da saúde, se consumidos na forma e quantidade corretas.

Chocolate

O chocolate é calórico, gorduroso e rico em açúcares, por isso deve ser consumido com moderação. Principalmente o chocolate branco, que tem mais gordura. Quanto maior a quantidade de cacau na composição – como o cacau 70% – menos açúcar e mais nutrientes benéficos o chocolate contém. Entre eles:

  • Ferro;
  • Manganês;
  • Magnésio;
  • Cobre;
  • Potássio;
  • Fósforo;
  • Zinco;
  • Selênio;
  • Antioxidantes, como polifenóis e flavanoides.

Peixes

O consumo de peixes é intensificado nessa época, principalmente o bacalhau, tradicionalmente preparado na Páscoa. O ideal é evitar prepará-los de forma frita e com excesso de azeite, optando por receitas assadas, grelhadas, ensopadas e com adição de legumes. É importante dessalgar muito bem as peças antes do preparo. Os peixes são alimentos ricos em:

  • Ômega 3;
  • Proteína;
  • Vitamina B12;
  • Ácidos graxos;
  • Zinco;
  • Fósforo;
  • Ferro;
  • Cálcio;
  • Iodo.

Vinho

Se consumido com moderação (até uma taça de 200 ml ao dia) por pessoas que não possuem restrições médicas, o vinho pode trazer benefícios para a saúde, como efeito protetor contra doenças cardiovasculares e contra o envelhecimento. O vinho é rico em substâncias antioxidantes, como:

  • Polifenóis;
  • Flavonoides.

Satiko Watanabe é nutricionista do Grupo Leforte desde 2006. Graduada na UFRJ, aprimorou seus estudos em nutrição na USP de Ribeirão Preto, onde também se especializou em oncologia clínica. Atende presencialmente na Oncologia Leforte Alphaville às segundas-feiras. Na Clínica e Diagnósticos Leforte Liberdade, atende às quartas e quintas-feiras. No serviço de Telemedicina, atende às segundas-feiras, no período da tarde.

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Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.

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