Logo

Centro de Obesidade

1 minuto de leitura

Como a obesidade infantil pode afetar a saúde?

Veja, no site do Grupo Leforte, o que é considerado obesidade infantil, quais as causas e o que fazer para prevenir e evitar riscos para a saúde.
EL
Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 02/06/2021

A obesidade infantil é cada vez mais preocupante em todo o mundo. A estimativa da Organização Mundial de Saúde é que ela atinja 250 milhões de crianças até 2030. Por isso, no dia 3 de junho acontece todo ano no Brasil o Dia da Conscientização contra a Obesidade Mórbida Infantil. Para falar sobre a obesidade na infância, como ela pode afetar a saúde e o que é possível fazer para preveni-la, o Grupo Leforte convidou a nutricionista Marisa Diniz Graça.

OBESIDADE INFANTIL – o que é considerado sobrepeso e o que é considerado obesidade na infância?

DRA. MARISA DINIZ GRAÇA – não existe consenso sobre o melhor método para a avaliação e o diagnóstico clínico de crianças com sobrepeso e obesidade. A antropometria (conjunto de técnicas para medir o corpo humano ou as partes dele) é um mecanismo ainda utilizado para acompanhamento de fácil acesso e baixo custo.

Com a aferição de peso e estatura ou comprimento é possível realizar o cálculo do índice de massa corporal – IMC (peso em quilos dividido pela altura em metros elevada ao quadrado) é possível consultar uma tabela de idade e sexo que fornece percentil de acordo com o IMC calculado. Os resultados devem ser interpretados da seguinte forma:

  • Sobrepeso – entre o percentil 85 e 95.
  • Obesidade – acima do percentil 95.

Quando uma criança está acima do percentil 95, isso significa que ela tem um IMC maior que 95% de todas as crianças. Ou seja, ela encontra-se nos 5% das crianças com maior peso para a mesma idade e altura.

OBESIDADE INFANTIL – por que se fala atualmente que a obesidade é uma epidemia em todo o mundo?

DRA. MARISA DINIZ GRAÇA – a obesidade infantil é um grave problema na saúde pública mundial. Conforme a Organização Mundial da Saúde, em 2025 poderá haver 75 milhões de crianças obesas no mundo.

OBESIDADE INFANTIL – existe alguma estimativa de quantas crianças com obesidade há no Brasil?

DRA. MARISA DINIZ GRAÇA – no Brasil, 6,4% das crianças de 0 a 5 anos e 14,5 % das crianças de 5 a 19 anos têm obesidade. Se medidas não forem tomadas, em 2030 serão mais de 7,5 milhões de crianças e adultos com obesidade no nosso país. Entre 191 países, o Brasil é o quinto com o maior número de crianças e adolescentes com obesidade.

OBESIDADE INFANTIL – o que pode causar obesidade infantil e quais são os principais fatores atualmente que tem levado à obesidade na infância?

DRA. MARISA DINIZ GRAÇA – sedentarismo, consumo exagerado de alimentos industrializados com alto teor de açúcar e gorduras, refrigerantes, alteração de sono (menor tempo de sono durante a noite) são algumas das possíveis causas para a obesidade infantil. Com o consumo exagerado de gorduras e açúcares, há uma mudança na produção de hormônios causando assim vários distúrbios metabólicos.

OBESIDADE INFANTIL – a criança com obesidade tem mais risco de desenvolver quais problemas de saúde?

DRA. MARISA DINIZ GRAÇA – a obesidade na infância pode levar a danos imediatos à saúde, como dislipidemia (alteração de colesterol e triglicérides), hipertensão arterial e esteatose hepática não alcoólica, conhecida como gordura no fígado. Além de problemas ortopédicos, baixa autoestima, intolerância à glicose ou até o início precoce do diabetes mellitus tipo 2.

OBESIDADE INFANTIL – há mais chance de a pessoa ter obesidade na fase adulta se tiver sido uma criança com obesidade?

DRA. MARISA DINIZ GRAÇA – sim, existe grande relação da obesidade na infância e na adolescência com a obesidade na vida adulta. Sendo que crianças com obesidade têm, aos dois anos, 75% de chance de permanecerem assim aos 35 anos. Enquanto os jovens com obesidade têm, aos 19 anos, 89% de chance de continuarem com excesso de peso na vida adulta.

O risco de a criança com obesidade tornar-se um adulto também com obesidade aumenta acentuadamente com o tempo, dentro ainda da própria infância. Assim, quanto mais idade tem a criança obesa, maior probabilidade terá de ficar um adulto obeso.

OBESIDADE INFANTIL – como a obesidade pode ser tratada na infância?

DRA. MARISA DINIZ GRAÇA – infelizmente, o tratamento da obesidade na criança costuma ser negligenciado – tanto por parte da família quanto dos profissionais de saúde -, na expectativa de uma resolução espontânea. Entretanto, a probabilidade de ela persistir na vida adulta é bastante grande.

Além de incentivar o aleitamento materno nos primeiros anos de vida, que deve ser a alimentação exclusiva até os seis meses, vale destacar a importância da comida de verdade. Ou seja, é necessário estimular a ingestão de mais frutas e verduras e evitar os alimentos ultra processados, por exemplo, achocolatados, refrigerantes e biscoitos recheados.

OBESIDADE INFANTIL – o que é possível fazer para prevenir a obesidade infantil?

DRA. MARISA DINIZ GRAÇA – a obesidade infantil está diretamente ligada às mudanças comportamentais que privilegiam o sedentarismo e a alimentação inadequada. Mudança no comportamento alimentar da família, incentivo à prática de exercícios físicos desde cedo e bons hábitos de sono podem ajudar na prevenção do desenvolvimento da obesidade infantil.

A Dra. Marisa Diniz Graça é nutricionista funcional, pedagoga e psicopedagoga. Além de ministrar palestras e conferências sobre nutrição em universidades e instituições públicas, atua na Clínica e Diagnósticos Leforte Liberdade, onde atende nas terças-feiras pela manhã e sextas-feiras na parte da tarde.

Agende consulta com um nutricionista

Conteúdos relacionados no site do Grupo Leforte

Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.

Escrito por
EL

Equipe Leforte

Equipe Leforte
Escrito por
EL

Equipe Leforte

Equipe Leforte