A diverticulite é a inflamação de um ou de um grupo de divertículos, que são pequenas bolsas formadas na parede do intestino. Os sintomas mais comuns da doença são dores ou desconfortos persistentes, geralmente do lado esquerdo do abdômen.
O Dr. Ithalo Rodrigo Medeiros, coloproctologista e cirurgião do aparelho digestivo do Grupo Leforte, alerta para os casos mais crônicos dessa inflamação, assim como para aqueles com sintomas mais agudos, como febre e náuseas. “Algumas pessoas podem desenvolver um quadro mais brando e persistente, caracterizando a forma crônica da doença diverticular. Outras, porém, podem chegar a um quadro grave de sepse abdominal, que na falta de tratamento adequado e imediato pode evoluir até para óbito”, afirma.
Para um diagnóstico mais preciso, é importante inicialmente uma avaliação médica das queixas do paciente, com a realização de um exame físico e de exames de sangue, urina e tomografia. O especialista do Grupo Leforte afirma que uma parcela importante dos pacientes com diverticulite precisa de uma colonoscopia para complementar e confirmar o diagnóstico.
A falta de tratamento na fase aguda pode levar ao agravamento do processo inflamatório/infeccioso, gerando perfuração intestinal, sepse grave e até óbito. Além disso, um diagnóstico de câncer colorretal pode ser confundido com o de diverticulite, por isso a importância da colonoscopia. Portanto, é necessário manter o seguimento médico após o diagnóstico.
O tratamento cirúrgico é indicado para os casos mais graves. Dentro dessa abordagem, há diferentes caminhos, desde uma simples drenagem cirúrgica, passando por videolaparoscopias e até mesmo cirurgias de colostomia, por exemplo. “O tempo de recuperação vai variar de acordo com o quadro clínico, o tipo de paciente e de abordagem de tratamento adotada. Mas a diverticulite é sempre considerada uma doença de recuperação clínica mais lenta”, esclarece o Dr. Ithalo.
Os diagnósticos de diverticulite são mais comuns a partir dos 45 anos, em média, aos 63 anos. Os principais fatores que predispõem ao quadro são, principalmente, uma dieta pobre em fibras e rica em gordura e carne vermelha, obesidade, sedentarismo e tabagismo. Maus hábitos de vida também são fatores de risco.
“Assim, é importante que as pessoas busquem fazer atividade física regularmente e tenham uma alimentação rica em fibras e pobre em carne vermelha e gordura, buscando um adequado funcionamento do trânsito intestinal. Também é necessário evitar a obesidade e o tabagismo”, finaliza o especialista do Grupo Leforte.
Dr. Ithalo Rodrigo Medeiros Araújo de Lima é médico graduado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, com Residência em Cirurgia Geral, Cirurgia do Aparelho Digestivo e Coloproctologia pelo Hospital do Servidor Público Estadual do Estado de São Paulo. Atende no período da manhã no Hospital Leforte Liberdade.
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