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Neurologia

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Quais são os sinais do autismo e como é feito o diagnóstico?

Leia, no site do Grupo Leforte, quais são os sinais do autismo, como ele é diagnosticado e qual acompanhamento a pessoa com TEA deve ter.
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Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 24/05/2022

O transtorno do espectro do autista (TEA) é uma desordem relacionada ao desenvolvimento neurológico, que afeta a forma que a pessoa aprende, se comporta, se comunica e interage com os outros indivíduos. O autismo é um transtorno conhecido por afetar pessoas em diferentes tipos sintomas e níveis de severidade. Continue a leitura para saber mais sobre o TEA, os principais sinais e sintomas, tratamentos e como é feito o diagnóstico em crianças, adolescentes e adultos.

O que é o autismo e quais são as condições que fazem parte dele?

 O autismo é um transtorno que afeta o desenvolvimento do cérebro, acometendo diretamente comportamentos sociais relacionados às pessoas e ambientes. A desordem é caracterizada pelas dificuldades de comunicação e interação das pessoas com autismo, assim como padrões restritos e repetitivos de comportamento.

Apesar de ser um transtorno que pode ser diagnosticado em qualquer idade, ele é considerado uma “desordem de desenvolvimento” porque, geralmente, os sintomas e sinais são observados nos dois primeiros anos de vida. Pessoas de qualquer raça, etnia, gênero e classe podem ser diagnosticadas com TEA.

O autismo é rotulado como um espectro por se manifestar em diferentes níveis, afetando de maneiras distintas cada pessoa, mesmo que os sinais sejam semelhantes. Algumas pessoas com TEA podem necessitar de um suporte mais próximo na rotina, outras nem tanto, enquanto há quem consiga viver de forma totalmente independente no dia a dia.

Qual é a incidência do autismo?

 Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), há cerca de 70 milhões de pessoas com autismo no mundo, sendo dois milhões no Brasil. A incidência do TEA em meninos é maior: a relação é de uma menina para quatro meninos com autismo. A maioria das crianças foi diagnosticada depois dos quatro anos de idade, apesar do transtorno poder ser relatado logo depois dos dois anos;

Dados do Center of Deseases Control and Prevention (CDC), dos Estados Unidos, apontam que 31% das crianças com TEA possuem deficiência intelectual (quociente de inteligência – QI – abaixo de 70); 25% então no limite (QI entre 71 e 85) e as 44% restantes estão na média intelectual ou acima (QI acima de 85).

Existem fatores de risco para autismo?

 Sim, embora o conhecimento das causas específicas sejam mínimos referente ao autismo, as evidências existentes indicam alguns fatores de risco:

  • Fatores genéticos – pais que possuem uma criança com TEA, têm de 2% a 18% de terem um segundo filho com autismo;
  • Complicações durante o nascimento;
  • Crianças de pais mais velhos.

Quais são os sinais que podem ser indicativos de autismo?

Os sinais referentes ao transtorno do espectro autista podem ser notados logo nos primeiros anos de vida das crianças. Eles são divididos em dois principais aspectos:

Habilidades de comunicação e interação:

  • Dificuldade em manter contato visual;
  • Não responder ao próprio nome por volta dos nove meses de idade;
  • Não demonstrar expressões faciais e de sentimentos;
  • Fazer poucos gestos por volta dos 12 meses de idade;
  • Não mostrar ou apontar para coisas por volta dos 18 meses de idade;
  • Não tentar contato com outras crianças ou interagir para brincar com elas por volta dos três anos.
  • Atrasos na aprendizagem de linguagens, falas e interações sociais.

Comportamentos e interesses restritos ou repetitivos:

  • Repetir as mesmas palavras ou frases inúmeras vezes;
  • Focar em partes específicas de objetivos ou lugares, por exemplo, a roda de um brinquedo;
  • Chatear-se com pequenas mudanças;
  • Manifestar interesses de forma exagerada e obsessiva;
  • Necessitar de algumas rotinas específicas, como para alimentar-se, por exemplo;
  • Reagir de forma estranha a alguns sons, cheiros, gostos ou texturas.

Em alguns casos específicos, o diagnóstico de TEA pode resultar em habilidades impressionantes, como facilidade para aprender visualmente, atenção aos detalhes ou uma capacidade de memória acima da média e grande concentração em uma área de interesse específica durante um longo período de tempo.

Como é feito o diagnóstico do autismo em crianças, adolescentes e adultos?

O diagnóstico do transtorno do espectro autista é clínico e avaliado por meio dos comportamentos e desenvolvimento da pessoa. É importante procurar um especialista o mais rápido possível em caso de dúvidas, para que o diagnóstico seja feito rapidamente. Assim, é possível começar o tratamento e acompanhamento do paciente o quanto antes, contribuindo para o desenvolvimento e qualidade de vida.

Diagnóstico do TEA em crianças

 Para crianças, além das observações de comportamentos e do desenvolvimento natural, são feitas entrevistas com pais, cuidadores e professores. De modo geral, ainda não existem marcadores biológicos específicos ou exames focados na descoberta do autismo.

Por ser uma doença complexa, um time diverso de profissionais pode ser envolvido no diagnóstico do autismo, como, por exemplo, neurologistas, pediatras, psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais, entre outros. Além das observações no desenvolvimento, alguns exames também podem ser solicitados:

  • Exames de sangue;
  • Exames de audição;
  • Eletroencefalograma (EEG);
  • Cariótipo com pesquisa de X frágil;
  • Ressonância magnética nuclear;
  • Teste do pezinho.

Estes exames e testes neuropsicológicos são realizados para investigar as causas e doenças associadas ao transtorno.

Diagnóstico do TEA em adolescentes

Para crianças mais velhas e adolescentes, o diagnóstico é similar às idades mais jovens. As primeiras pessoas que reconhecem os sinais de autismo, geralmente, são cuidadores responsáveis ou professores. Após algumas avaliações iniciais, também devem ser procurados médicos e profissionais especialistas no transtorno para um diagnóstico conclusivo.

Diagnóstico do TEA em adultos

 Para os adultos, existem alguns desafios no diagnóstico efetivo do transtorno. Em idades mais avançadas, os sintomas de autismo podem ser confundidos e misturados com sintomas de outras desordens mentais, como a ansiedade ou o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade (TDAH).

Adultos que notarem sinais e sintomas do transtorno de espectro autista devem procurar um especialista para realizar avaliações. Apesar de ainda não existir uma forma de diagnosticar o TEA em adultos, o paciente pode ser analisado por neurologistas, psicólogos e psiquiatras com especialidade no assunto.

A avaliação também pode incluir conversas com pessoas próximas, como amigos e familiares, para conhecer mais sobre o histórico do indivíduo. Obter o diagnóstico correto do TEA para adultos pode ajudar na compreensão de desafios passados e na procura da ajuda necessária.

Como é o tratamento do autismo?

Existem diversas intervenções psicossociais para ajudar no tratamento do transtorno do espectro autista. Apesar de acompanhar o paciente por toda a vida, serviços e terapias corretas podem, realmente, diminuir os sinais e os sintomas da rotina de cada pessoa.

Tanto a pessoa com autismo quanto as do convívio próximo, como pais ou cuidadores responsáveis, devem ser incluídos em programas de treinamento de habilidades como forma de tratamento comportamental. Com as ações corretas, haverá uma redução nas dificuldades de comunicação e interação social das pessoas diagnosticadas.

As intervenções para as pessoas com transtorno do espectro autista também devem ser acompanhadas de cuidados gerais, como maior acessibilidade em ambientes físicos e sociais.

*Conteúdo produzido com o apoio da neurologista pediátrica, Dra. Clarice Coimbra.

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Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.

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