Cirurgia robótica aumenta a precisão do procedimento e reduz o tempo de recuperação
O refluxo gastroesofágico representa um dos principais desconfortos de saúde do país, com episódios recorrentes em até 20% da população. Azia, dor torácica, sono prejudicado, tosse e rouquidão são alguns dos sintomas mais frequentes. Mas a doença também pode causar erosão na parede do esôfago, dificultando a ingestão de alimentos e bebidas, comprometendo a qualidade de vida do paciente.
Contudo, uma cirurgia minimamente invasiva pode solucionar a origem do problema, a hérnia de hiato. “Esta doença ocorre quando o estômago força o músculo do diafragma e começa a invadir a cavidade torácica, pela abertura onde originalmente estava o esôfago”, explica o Dr. José Luiz Capalbo, cirurgião do aparelho digestivo do Grupo Leforte.
Não é raro encontrar pacientes que passam meses, e até anos, tentando controlar os episódios com automedicação. “Não é normal sentir azia de maneira recorrente e ter a qualidade de vida comprometida. A pessoa deve ir ao médico, que irá avaliar a melhor forma de tratamento”, alerta o especialista.
O primeiro passo é uma endoscopia digestiva alta, que irá investigar o nível de erosão causado pelo refluxo, entre outras questões. Existe, também, a manometria esofágica, que avalia o movimento, a capacidade e a força da contração muscular dos esfíncteres e do corpo do esôfago.
Dieta adequada, redução e controle de peso e uso de medicamentos, sob a devida orientação médica, podem eliminar os sintomas. Mas há casos em que outras soluções são necessárias. “Existe um procedimento cirúrgico, minimamente invasivo, capaz de corrigir a frouxidão na cavidade do diafragma, por onde o estômago está se deslocando. Isso elimina o refluxo”, esclarece o Dr. Capalbo.
A cirurgia pode ser laparoscópica ou robótica. A vantagem da robótica é haver mais precisão nos movimentos, com a recuperação mais rápida. O robô utiliza pinças, controladas pelo cirurgião a partir de um monitor em 3D, operado de dentro da sala de cirurgia. Esse equipamento é capaz de calibrar os movimentos do médico, corrigindo pequenos tremores e dando mais firmeza e suavidade aos movimentos.
É fundamental que o procedimento seja realizado por um cirurgião qualificado, em instalações hospitalares adequadas. “Aqui no Leforte, recebemos muitos pacientes para casos de reoperação. Eles foram submetidos ao procedimento, mas não tiveram os sintomas totalmente eliminados ou acabaram com alguma complicação, como dificuldade para deglutição”, diz o especialista.
O pós-operatório requer dietas especiais, com alimentação líquida e depois pastosa. Mas a recuperação é rápida. Há pequeno inchaço nos primeiros dias, mas a pessoa pode retornar às atividades em cerca de uma semana. A recuperação completa leva dois meses.
Dr. José Luiz Capalbo é cirurgião do aparelho digestivo do Grupo Leforte.
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