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Volta às aulas e doenças infecciosas: como evitar?

Saiba, no site do Leforte, o que fazer para prevenir gripes, resfriados e viroses nas crianças no período da volta às aulas e quando procurar o pronto socorro.
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Equipe Leforte - Equipe Leforte Atualizado em 23/10/2024

A cada início de semestre, é recorrente que crianças em idade escolar apresentem sinais e sintomas característicos de doenças infecciosas, a maioria virais, facilmente transmissíveis em locais coletivos. O Leforte conversou com a Dra. Aida Sardi, médica pediatra, que conta o que fazer para prevenir gripes, resfriados e viroses nas crianças no período da volta às aulas e quando é necessário procurar ajuda médica.

Por que é tão comum que crianças adquiram doenças infecciosas na escola e quais as mais comuns?

A dra. Aida explica que “no início das aulas, as crianças são expostas a um grande número de pessoas na escola, e isso aumenta a probabilidade de adquirir doenças infecciosas. Além disso, as crianças compartilham objetos e brincam juntas, facilitando a disseminação de vírus e bactérias”.

De acordo com a pediatra, é importante manter boas práticas de higiene para prevenir a propagação de infecções transmitidas frequentemente em ambientes coletivos, tais como:

  • Resfriado comum;
  • Gripes
  • Faringite (dor de garganta);
  • Otite (inflamação do ouvido);
  • Conjuntivite (inflamação do olho);
  • Amigdalite (inflamação da amígdala).

Quais os sinais e sintomas que podem indicar a presença de alguma dessas doenças infecciosas?

A maioria dos sinais e sintomas são respiratórios e podem estar acompanhados de febre e mal-estar. A dra. Aida detalha as manifestações de cada doença:

Resfriado comum – “causa congestão nasal, coriza, tosse, dor de garganta e de cabeça, cansaço e, mais raramente, febre”.

Gripe – “os principais sintomas são febre, tosse, dor de garganta, de cabeça e no corpo, fadiga, sudorese, congestão nasal e náusea. Pode causar vômito, raramente”.

Faringite – “a criança pode ter inflamação e dor na garganta, dor ao engolir, rouquidão, tosse seca, dor de cabeça e de ouvido. Em poucos casos, pode haver febre”.

Otite – “a inflamação causa dor de ouvido, ouvido obstruído ou tampado, zumbido, perda de audição, tontura, febre, náusea, dor de cabeça. Pode haver a presença de secreção ou sangramento do ouvido”.

Conjuntivite – “a criança apresenta olhos vermelhos e lacrimejantes, coceira nos olhos, pálpebras inchadas e sensibilidade à luz. Raramente, pode ocorrer dor de cabeça”.

Amigdalite – “causa dor de garganta, cabeça e ouvido, dificuldade em engolir, inchaço nas amígdalas, rouquidão, febre, tosse e mal-estar geral”.

“Caso os pais ou responsáveis pela criança notem a criança sintomática, é importante que entre em contato com o pediatra que a acompanha, para que ele dê as orientações de acordo com o histórico dela”, afirma Dra. Aida. Além disso, se houver confirmação ou suspeita de alguma doença infecciosa, a escola deve ser avisada e a criança afastada até o final dos sintomas, para reduzir a contaminação dos demais alunos.

Em quais situações é necessário levar a criança ao pronto socorro?

A pediatra alerta para alguns casos especiais – como sintomas que indicam piora da doença, além de condições médicas preexistentes – que merecem atenção especial dos pais e responsáveis. É necessário procurar atendimento médico nas seguintes situações:

  • Se a criança apresentar sinais de infecção respiratória, como febre, tosse, coriza e dificuldade para respirar;
  • Se a criança apresentar sinais de desidratação, como boca seca, olhos fundos e urina escassa;
  • Se a criança apresentar uma reação alérgica, como inchaço e dificuldade para respirar;
  • Se a criança tiver condições médicas preexistentes, como asma, diabetes, entre outras, é importante buscar atendimento médico se essas condições piorarem.

Em quais situações é possível tratar a criança em casa? O que os responsáveis devem fazer?

Criança com sintomas leves, que conseguem se manter ativas e brincam sem sinal de desconforto para respirar podem ser mantidas em casa, com observação dos sintomas”, afirma a Dra. Aida. Para o alívio dos sintomas das gripes e resfriados comuns, os pais ou responsáveis podem fazer nas crianças lavagem nasal e inalação com soro fisiológico.

A médica reforça a atenção aos casos de piora: “se a criança está com febre há mais de três dias ou se a criança se encontra prostrada nos períodos sem febre, sem querer se alimentar e com sinais de desconforto para respirar, sempre procurar por atendimento médico”.

Quais as maneiras de prevenir as crianças das doenças infecciosas no período de volta às aulas?

Ensine as crianças a lavar as mãos frequentemente – com água e sabão, especialmente antes de comer ou tocar em alimentos, e depois de usar o banheiro, tossir ou espirrar.

Evite compartilhar objetos pessoais – como toalhas, talheres e copos, com outras pessoas.

Ensine etiqueta respiratória às crianças – encoraje-as a cobrir a boca e o nariz com um lenço ou com o braço ao tossir ou espirrar.

Deixe as crianças doentes em casa – especialmente se tiverem febre, para evitar a propagação da doença para outras pessoas.

Mantenha a caderneta de vacinação das crianças atualizada – incluindo a vacinação anual contra a gripe.

Preze por boas condições de saúde – forneça às crianças uma alimentação saudável e incentive a prática de exercícios físicos, brincadeiras e passeios ao ar livre.

A Dra. Aida Maria Martins Sardi é pediatra e intensivista pediátrica. Atua como coordenadora médica da linha pediátrica do Leforte Morumbi e como médica diarista pediátrica da UTI do mesmo hospital. Também é plantonista na UTI Pediátrica Hospital AC Camargo Câncer Center.

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Este conteúdo é meramente informativo e educativo, sendo destinado para o público em geral. Ele não substitui a consulta e o aconselhamento com o médico e não deve ser utilizado para autodiagnóstico ou automedicação. Se você tiver algum problema de saúde ou dúvidas a respeito, consulte um médico. Somente ele está habilitado fazer o diagnóstico, a prescrever o tratamento mais adequado para cada caso e acompanhar a evolução do quadro de saúde do paciente.

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